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Política MT
Quinta, 16 de setembro de 2010, 09h10
Palestra

Mantega defende conter supervalorização do Real e concorda com a 'Dieta do Impostão' da Firjan


O presidente do Sistema Firjan - Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro-, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, recebeu ontem (15) na sede da Firjan, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que realizou a palestra “Panorama da Economia Brasileira”. Não permitir que o real seja valorizado de forma excessiva por conta do cenário econômico; crescimento de pelo menos 7% do PIB este ano, foram dois dos assuntos comentados.O evento teve a presença de autoridades, empresários, entre outros.

 

“Estamos com mais de mil empresários participando dessa palestra. É necessário ressaltar que coube ao Brasil um papel importante no novo desenho econômico global. Ele será tão maior quanto mai s se trabalhar na remoção de obstáculos àcompetitividade. É o que o país espera dos seus governantes”,disse o presidente do Sistema Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, ao abrir oencontro.

 

Para Guido Mantega, estamovimentação cambial que tem ocorrido no mercado mundial indica que há umapredisposição asiática de manter as moedas desvalorizadas. Segundo o ministro, este movimento também foinotado nos Estados Unidos e na União Europeia. Caso haja uma desvalorização de outras moedas no mundo em relação ao real, o Brasil sairá perdendo no comércio internacional em seus negócios com exportações. “Não vamos ficar assistindo a este jogo. Tomaremos as medidas adequadas para que o real não seja valorizado”, enfatizou.

 

O ministro explicou porque acredita no crescimento do PIB acima de 7% este ano. ”O Brasil está na vanguarda do crescimento internacional, perdemos apenas para a China. Os investimentos cresceram numa taxa de 26% em relação ao ano passado, maior crescimento do PIB desde 1986”, completou.

 

Outro ponto abordado na palestra foi a previsão de que o IPCA fechará 2010 em torno de 5% ,apenas 0,5 ponto percentual acima do centro da meta determinado pelo governo. Mantega disse ainda que será cumprida neste ano a meta de superavit fiscal de 3,3% do PIB e ressaltou que será o 12ºano consecutivo que a meta fiscal é alcançada.

 

Para o próximo governo, Mantega disse que um dos principais desafios é manter o volume de grandes investimentos. Para isso, ele defendeu a modernização da estrutura de financiamento do país. Ele acredita que os investimentos deverão fechar este ano em torno de 22% do produto internobruto (PIB).

 

O ministro lembrou ainda que pretende dinamizar o mercado de capitais, elevando aliquidez de debêntures, criando papéis específicos para um determinado projeto,e não apenas para uma única empresa, e com isenção do Imposto de Renda.

 

“Instrumentos financeiros existentes também deverão ser aperfeiçoados, como certificados derecebíveis imobiliários (CRI) e as letras financeiras, que ainda passam por algumas dificuldades”, comentou.

 

Em relação à questão tributária, Mantega disse concordar que o Brasil realmente tem uma tributação elevada, embora ressalvasse já ter havido redução.“Sou favorável ao assunto, e até já temos uma reforma pronta, e só não levamos adiante devido às eleições”.

 

“Estou solidário à Firjan e já contribuímos para esta queda”, declarou o ministro, ao comentar a campanha “Dieta do Impostão”, lançada em agosto pelo Sistema Firjan, que é deconscientização da população com relação à alta carga tributária do país, a falta de transparência do sistema e o baixo retorno nos serviços prestados”.

 

A palestra foi transmitida ao vivo para as Representações Regionais do Sistema Firjan no estado, dando aos e mpresários a oportunidade de fazer perguntas ao ministro. Uma das perguntas feitas foi que muito se fala na reforma tributária,mas o governo arrecada cada vez mais, quando vai sair essa reforma?

 

Guido Mantega respondeu que já houve uma redução de impostos como IPI, Super Simples. Já na arrecadação ele disse que quanto mais crescimento da economia há uma arrecadação maior de impostos e também com a grandequantidade de formalização das empresas, acaba-se pagando mais impostos.

 

Uma outra pergunta abordada pelos empresários é sobre o excesso de burocracia que acaba desestimulando o empresariado, por isso qual a necessidade real dedesburocratização diferentemente e separadamente da reforma tributária.

 

Mantega respondeu que vê essa questão como assunto separado da reforma tributária. Esta é uma meta para ser vista pelo próximo governo. “O próprio governo enfrenta esse problema. Precisamos de mais agilidade nos processos”, destacou.




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