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Política MT
Sexta, 22 de outubro de 2010, 11h38
Assembleia

Riva avalia processo eleitoral e composição da Mesa Diretora


Em entrevista ao Jornal A Gazeta desta quarta-feira (22), o deputado eleito e segundo mais votado proporcionalmente do Brasil, José Riva (PP) fez um balanço da votação expressiva que obteve nas urnas; falou sobre as dificuldades que teve durante o período de campanha devido à perseguição que vem sofrendo com acusações de compra de votos; cassação de seu diploma do mandato de 2006 e defendeu que é prematura a discussão sobre a composição da próxima Mesa Diretora da Assembleia Legislativa. Confira abaixo a íntegra da entrevista concedida ao jornalista Marcos Lemos.

 

Riva quer viabilizar projeto

Marcos Lemos
Da Redação

Detentor pela quarta vez consecutiva da melhor e mais expressiva votação para deputado estadual em Mato Grosso, José Riva (PP) com 93 mil votos ou 6,13% do total de votos apurados para uma vaga na Assembleia Legislativa se tornou o segundo deputado melhor votado proporcional no Brasil e preste a iniciar seu quinto mandato consecutivo assinala que provavelmente este seja o último para deputado estadual se não conseguir viabilizar outros caminhos políticos, como já tentou no passado.

Ele aponta que os votos traduzem o respeito da população ao seu trabalho e a sua dedicação nos 16 anos em que se encontra como deputado estadual e considera que existe uma certa perseguição de setores da Justiça que procura dar uma conotação especial sempre no sentido de lhe prejudicar em sua tarefa política.

A Gazeta - O senhor foi o deputado mais votado nas eleições. Como o senhor avalia esse número de votos?

José Riva - Quero agradecer primeiramente a Deus por essa conquista e depois a cada cidadão que confiou em mim o seu voto. Nesses dezesseis anos como deputado sempre usei como bandeira de campanha o meu trabalho. Conheço a realidade dos 141 municípios, pois estou neles sempre. Acho que o retorno desse trabalho é mostrado nas urnas, desta vez com 93.594 votos.

Gazeta - Por várias vezes o senhor já manifestou publicamente que essa seria a sua última eleição de deputado estadual. O que pretende fazer daqui quatro anos?

Riva - Isso é verdade. Acho que com este quinto mandado fecho um ciclo de trabalho de 20 anos nesse parlamento. Tive uma vida muito mais desgastante do que se não fosse político. É uma vida insalubre, distante da família, dos amigos, de uma vida social regular, porém não me arrependo. Se não conseguir viabilizar outro projeto político, deixarei a vida pública para dedicar-me aos meus negócios.

Gazeta - A sua campanha teve alguns contratempos como denúncias, além da cassação de seu diploma, do mandato de 2006. Isto lhe prejudicou?

Riva - Foi uma campanha dura. E tenho percebido que de um tempo para cá tenho sido perseguido constantemente por pessoas que querem me prejudicar, têm obsessão por isso. Durante a campanha estive em 126 municípios e tive votos nos 141. Minhas pesquisas internas sempre me apontavam com 6,8% a 7% das intenções de voto, sendo que nas últimas semanas foi baixando e terminei com 6,13%. Isso mostra que não faço boca de urna ou pago pelo voto. Já contabilizaram quanto me custaria 93.594 votos? É impagável.

Gazeta - O senhor está afastado da Assembleia acusado de compra de votos, e, recentemente, outra decisão também cassou seu diploma pelo mesmo motivo. O que aconteceu nesses casos?

Riva - Foram denúncias absurdas, sem provas materiais e testemunhais que apontavam algum favorecimento, gasto ilícito ou compra de votos. Mesmo assim, o TRE resolveu cassar meu diploma. Em Santo Antônio, por exemplo, foi apreendida uma agenda de um vereador, que nem coordenava minha campanha na cidade, e nela continha algumas anotações, nota de remédios e de material de construção. No caso em Tangará, ainda é pior, acusaram-me de distribuir combustível, pois estávamos sob o teto de um posto de gasolina, mas na realidade estávamos nos abrigando de uma chuva torrencial e também de ter pago um jantar no Tangará Tênis Clube, em troca de votos. Estive nesse local para uma pequena reunião política, e nos 20 minutos que permaneci ali, em nenhum momento vi sinais de jantar ou qualquer outra coisa.

Gazeta - A quem o senhor atribui essas perseguições?

Atribuo aos que não conhecem meu trabalho. Aos desinformados e aos que fazem juízo de valor prévio. Veja bem, virei a bola da vez e todo mundo tenta me denegrir. Na própria campanha, apareceram diversos candidatos que iam aos municípios e dizia que eu não era candidato porque estava cassado. Mas não vou alimentar essas discussões, para me defender vou trabalhar ainda mais. Essa é minha forma de fazer política.

Gazeta - Após as eleições começam as negociações para mesa diretora. Como o senhor está nesse processo e o que o seu partido defende?

Riva - Acho prematura ainda essa discussão. Defendemos que deva existir uma reunião com todos os deputados eleitos para definirmos os rumos dessa nova legislatura. Temos que escolher o que é melhor para a Assembleia e para Mato Grosso. As especulações antecipadas só geram desgastes.




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