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Política MT
Segunda, 03 de janeiro de 2011, 09h16
Minha vez

Com ausência de Maggi, discurso de Bezerra na posse de Silval causa mal-estar


 

Carlos Bezerra, ao fundo, observa Silval e Daltro durante posse no Centro de Eventos do Pantanal (Foto: André Romeu)

Alberto Romeu
Redação

"Depois de mais de 20 anos o PMDB volta ao Governo". Com essa frase, o deputado federal reeleito Carlos Bezerra mandou um recado direto aos partidos políticos e também aos novos secretários na cerimônia de posse do governador Silval Barbosa, do mesmo partido. Sem receber aplausos e de caras de indignação por parte de muitos, Bezerra - que já foi governador do Estado, criticou a forma de administração do antecessor Blairo Maggi (PR), dentre tantas coisas, afirmando que teria que acabar o "gueto de milionários em Mato Grosso".

O ato que poderia ocorrer em qualquer lugar, menos na celebração de posse do governo Silval Barbosa e seus secretários, foi marcado com colocações desagradáveis por Bezerra, como afirmando que a futura administração "não será uma administração obrerista", referindo-se ao volume de obras implementadas pelo ex-governador Blairo Maggi. Esquecendo-se que o ora empossado fez parte do governo anterior, como um vice escudeiro e pautado por disciplina, discrição e responsabilidade, Carlos Bezerra apontou para ações sociais, como quem falasse como empossado.

_ Faltou postura por parte do imortal cacique do PMDB. Ao invés de agregar, ele entra instigando conflito entre os membros do governo, disse um parlamentar estadual numa roda de conversa ainda dentro do Centro de Eventos do Pantanal, durante almoço servido aos convidados.

Bezerra afirmou ainda que "estamos criando aqui, a maior desigualdade do Brasil, mais que a do Nordeste", referindo-se a última posição alcançada por Mato Grosso no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) em relação a região Centro-Oeste.

A solenidade não contou com a participação do ex-governador e senador eleito Blairo Maggi, assim como faltaram o senador Jayme Campos (DEM) e Serys Marli (PT), e o senador eleito Pedro Taques (PDT).




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