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Política MT
Terça, 08 de fevereiro de 2011, 11h05
Poder no poder

Ong destaca bancada milionária de Mato Grosso no Congresso Nacional


Edilson Almeida
Redação 24 Horas News

Engana-se quem pensa que o ex-governador Blairo Maggi, manager do Grupo Maggi, atual senador de Mato Grosso, seja o político mais rico atualmente no Congresso Nacional. O dono da maior fortuna é o usineiro João Lyra, de Alagoas, um estado contraditório, de grandes atrações turísticas, mas com pior índices de desenvolvimento humano (IDH) e uma das menores rendas per capita do país. De volta à Câmara após quatro anos, Lyra tem uma fortuna declarada de R$ 240,39 milhões contra R$ 152 milhões de Maggi.

O petebista Lyra, que já foi senador, é dono de um império que reúne mais de dez grandes empresas no estado, entre as quais usinas sucroalcooleiras, fábrica de fertilizantes, empresas de táxi aéreo, de comunicação e concessionária de veículos. A renda per capita gira em torno de R$ 6 mil em Alagoas, estado com um dos maiores índices de analfabetismo e mortalidade infantil do país. Já Maggi foi considerado o maior produtor individual de soja do mundo, responsável por 5% da produção anual do grão brasileiro.

Blairo Maggi, o segundo no ranking. A elevada concentração de renda no Brasil está explícita no novo Congresso. Metade de todo o patrimônio declarado pelos 567 congressistas empossados dia 1º está nas mãos de apenas dez parlamentares, ou seja, de menos de 2% dos eleitos em outubro na Câmara e no Senado. Do montante de R$ 1,6 bilhão em bens declarados pelos 513 deputados e 54 senadores, R$ 792 milhões estão em nome desse pequeno grupo de multimilionários. Na média, cada parlamentar declarou possuir R$ 2,9 milhões em imóveis, empresas, fazendas, veículos, objetos de arte, dinheiro em espécie e aplicações financeiras, entre outros bens.

Dinheiro, em verdade, é o que não faltam aos políticos eleitos. Entre os 70 mais ricos do Congresso Nacional, seis são de Mato Grosso. Depois de Maggi, aparece o deputado federal Júlio Campos, do Democratas, que retorna ao Legislativo Federal depois de uma passagem como conselheiro do Tribunal de Contas e uma eleição frustrada a prefeito de Várzea Grande. Campos declarou R$ 12,8 milhões em patrimônio.

A relação divulgada pelo “Congresso em Foco” não trás o nome do senador Jayme Campos, do Democratas. Refere-se apenas aos bens declarados pelos novos 54 senadores e 513 deputados do Congresso. No entanto, em 2006, quando se elegeu senador, declarou um patrimônio de 14,1 milhões. Na época, declarou à Justiça Eleitoral a propriedade de 25.500,4618 hectares. Isto, sem contar um avião particular e diversas fazendas cuja área não é discriminada na declaração.

Em seguida vem o deputado federal Wellington Fagundes, do Partido da República. De acordo com a relação divulgada pelo site “Congresso em Foco”, o deputado acumula R$ 7,2 milhões em patrimônio entre como imóveis, fazendas, empresas, aplicações financeiras, veículos, obras de arte e dinheiro em espécie. Depois de Wellington vem Carlos Bezerra, do PMDB, com 3,3 milhões. Os dois são os que mais tempo estão no Congresso Nacional. Fagundes entrou no quinto mandato consecutivo e Bezerra foi reeleito, mas já esteve na Câmara e no Senado.

Homero Pereira é outro republicano de peso no Congresso representando a bancada de Mato Grosso. Declarou ter um patrimônio de R$ 3,2 milhões, pouca coisa abaixo de Bezerra. Está no seu segundo mandato como deputado federal. Antes foi suplente de deputado estadual, secretário de Agricultura e presidente da Federação da Agricultura de Mato Grosso. Homero está entre os 70 mais ricos.

Contestado, Pedro Henry, do Partido Progressista, também está na lista dos que declararam patrimônio acima de R$ 1 milhão. No total, R$ 1,4 milhão. Henry está no seu quarto mandato como deputado federal. Desta vez, se licenciou do cargo para ser secretário de Estado de Educação.

Já o senador Pedro Taques, do PDT, está perto de atingir o seu milhão em patrimônio: declarou ter acumulado até aqui, como procurador da República, R$ 972,9 mil. No “ranking” das fortunas do Congresso Nacional, Taques é apenas o 228º. Bem mais distante do grupo, aparecem Eliene Lima (PP) com R$ 565 mil redondos, Saguas Moraes (PT), com R$ 247,7 mil e Valtenir Pereira (PSB), com R$ 158,3 mil.




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