Riva fala do PSD e Agecopa no Programa Chamada Geral

Hoje (14), governador vai receber os deputados no Palácio Paiaguás, às 14 horas, para tratar sobre a Agecopa

O jornalista Lino Rossi, que comanda o Programa Chamada Geral, da Mega 95,9 FM, entrevistou, na manhã desta quinta-feira (14), o presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PP). Na pauta, o manifesto de fundação do Partido Social Democrático; avaliação sobre os primeiros 100 dias do governo Silval Barbosa e da Assembleia Legislativa e a gestão da Agecopa, com ênfase à escolha do transporte público que será implantado em Cuiabá.

Sobre os primeiros meses deste ano, Riva avaliou com nota 5 a gestão do governador Silval Barbosa, reforçando que há sinais de muitas melhorias. “Silval precisa colocar a cara no governo”, declarou. Lembrou que os deputados desta 17ª Legislatura já demonstraram que o Parlamento amadureceu e tem consciência das suas prerrogativas. Tanto que está pautado a ajudar na governabilidade, mas sem subserviência.

Também explicou as necessidades que levaram a instaurar a CPI das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH´s) e a aprovar auditoria na Secretaria Estadual de Educação (Seduc). “Não queremos fazer estardalhaço. Mas existem indícios de conluio entre servidores e parentes na Seduc”, disse.

Ele explicou que o requerimento para investigar a Secretaria Estadual de Saúde (SES) não prosperou porque o deputado Ademir Brunetto (PT), autor da iniciativa, não conversou amplamente com os parlamentares. “Quando recebi as denúncias contra a Seduc passei 60 dias conversando com os deputados. Brunetto deveria ter feito o mesmo”.

Mobilidade Urbana – Questionado sobre possível lobby em defesa da implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), Riva explicou que apenas exerce o seu papel de legislar em defesa de melhorias à população. E que passou um ano pedindo a realização de estudos na gestão do ex-governador Blairo Maggi. “Quando arrumei a empresa para fazer os estudos, foram desestimuladas”.

Ele declarou que o governador Silval já garantiu que há tempo para implantar o VLT, caso seja o modal escolhido. O estudo comparativo feito a pedido de Riva aponta o VLT como o melhor para Cuiabá. “Defendo um modelo moderno, ágil e com preço acessível aos usuários. Não sei qual o melhor, mas sei que o BRT é o pior”. E voltou a pedir urgência na posição do Governo do Estado sobre a escolha do modal. “É um problema que tem que ser resolvido agora”, afirmou, ao questionar qual o conhecimento técnico do presidente da Agecopa, Yênes Magalhães para não abrir a discussão sobre outros tipos de transportes e defender apenas o BRT.

“Será que o engenheiro Massimo Giavina-Bianchi, que tem 41 anos de experiência nessa área, conhece menos que o presidente Yênes? Onde ele estudou sobre isso?”, questionou, ao se referir às declarações do gestor da Agecopa, de que o VLT necessitará de mais desapropriações do que as 1,3 mil necessárias à implantação do BRT e terá tarifa mais cara. Massimo Giavina é presidente da TTrans, empresa que realizou os estudos.

Hoje (14), governador vai receber os deputados no Palácio Paiaguás, às 14 horas, para tratar sobre a Agecopa.

PSD - A possível migração em massa ao novo Partido Social Democrático (PSD) também foi tema da entrevista, que contou as participações do analista político, Alfredo da Mota Menezes e do jornalista Muvuca.

Riva explicou que vai coordenar a fundação do PSD em Mato Grosso junto com Eliene Lima (Secitec), Chico Daltro (vice-governador) e outras lideranças. Depois da assinatura pelo apoio à criação da agremiação, realizada ontem em Brasília, Riva iniciou conversas com as bases.

Neste fim de semana fará diversos contatos para explicar aos companheiros sobre o PSD, que quer ser independente e não brigará por cargos no governo. O foco principal será trabalhar em defesa da sociedade. “Vou coordenar a criação do partido com esses princípios”, declarou.