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Locatários de imóveis comerciais na Avenida Prainha, em Cuiabá, que serão desapropriados por conta das obras de mobilidade urbana, referentes a Copa do Mundo de 2014, pediram ajuda ao deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR), autor do Projeto de Lei aprovado na Assembleia Legislativa e encaminhado para sanção do governador Silval Barbosa (PMDB), que altera o modelo de gestão da Agência Estadual de Execução dos Projetos da Copa do Mundo do Pantanal - Agecopa.
Os representantes da Associação dos Empresários Locatários da Prainha vieram ao gabinete do deputado Emanuel pedir a intervenção dele, a forma como a Agência Estadual de Execução dos Projetos da Copa (Agecopa) está conduzindo o assunto.
A presidente da Associação, Dilma Gaiol, reivindica que a Agecopa seja mais humana e sensata no que diz respeito aos empresários locatários. Segundo Dilma a situação em que os comerciantes se encontram é entristecedora.
“Estamos nos sentindo excluídos do desenvolvimento, até agora não fomos informados de nada oficialmente, estamos sem saber pra onde vamos, como vamos. É uma vergonha”, disparou a presidente.
Dilma ainda afirmou que isso acontece não apenas na região de sua associação, que vai do cruzamento entre a Avenida Mato Grosso e a Tenente Coronel Duarte, até o cruzamento com a Avenida Isaac Póvoas, e que toda a classe será prejudicada com as desapropriações.
De acordo com Miriam Moraes, no começo das conversações entre a Agência da Copa e os "beneficiários" das desapropriações, falava-se em valores reais e não venais, mas não existia indenização para locatários, apenas para proprietários de imóveis.
“Devido à especulação, justamente por conta da Copa de 2014, os aluguéis de imóveis em Cuiabá estão três vezes mais caros do que o valor devido. Nós não queremos pegar dinheiro alheio, mas garantir o direito de recomeçar”, reclamou Miriam.
Questionados por Emanuel Pinheiro, de qual ajuda eles precisam, Dilma disse que querem o apoio do parlamentar no sentido de interceder por eles, reivindicando indenizações justas sobre o Fundo do Comércio, sobre as benfeitorias e sobre o lucro cessante.
“Quando formos retirados daqui, vamos ter de refazer a clientela e começar do zero. E, ainda, achar um lugar para nos instalarmos, já que não existe nenhuma preocupação da Agecopa nesse sentido”, frisou ela.
Os comerciantes alertaram ainda que a Agência não leva em consideração o valor do ponto do imóvel, que foi pago, quando da entrada dos locatários e também não foi feita nenhuma discussão sobre como erá feito esse remanejamento.
Os empresários ainda explicaram que não são de forma alguma, contra Cuiabá sediar a Copa do Mundo, mas que desejam que a Agecopa faça justiça com os locatários e reveja seu posicionamento sobre a forma de desapropriação que irá realizar.
Pinheiro afirmou ao grupo de empresários que vai apoiar a associação e disse que somente vai esperar a definição do novo presidente da autarquia, que deve ser definido até a próxima semana, pelo governador Silval Barbosa, para que possa interceder.
O parlamentar ressaltou aos comerciantes que, com as alterações no modelo de gestão da agência, as ações serão mais ágeis e transparentes, trazendo segurança e tranquilidade para a população mato-grossense.
Na sessão plenária das 18h, da ultima quarta-feira (13), Pinheiro usou seu tempo no expediente para fazer uma explanação sobre os anseios dos locatários da Prainha, lendo uma carta para a sociedade, escrita pela Associação dos Empresários Locatários da Prainha.
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