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Polícias
Terça, 12 de junho de 2018, 14h25

Polícia Civil prossegue investigações do caso de recém-nascida enterrada viva em Canarana


A Polícia Judiciária Civil prossegue com as investigações sobre o caso da recém-nascida indígena enterrada viva em Canarana (823 km ao Leste de Cuiabá). O inquérito policial foi concluido, na segunda-feira (11.06), com indiciando a bisavó pelo crime de homicídio tentado qualificado, porém o delegado responsável, Deuel Paixão de Santana, acredita na participação de outros envolvidos.

Segundo as investigações, o crime foi motivado pelo fato da mãe da bebê, uma adolescente indígena, de 15 anos, ser solteira. A, a avó e a bisavó da criança que premeditaram e planejaram o que seria feito com o bebê logo depois do parto, seguem presas.

Em relação à bisavó, Kutsamin Kamayura, 57, o Judiciário deferiu pedido da Funai para que ela ficasse detida (prisão preventiva) na instituição no município de Gaúcha do Norte. Ela já foi transferida.

A avó da criança, Tapoalu Kamayura, 33, segue presa na Cadeia Pública de Nova Xavantiva, em prisão temporária. Mas existe pedido impetrado pela Funai para que também seja transferida – pedido ainda não analisado pelo Judiciário.

A adolescente de 15 anos foi ouvida na delegacia e disse ter interesse em ficar com sua filha.

A conclusão do inquérito obedece previsão legal de prazo quando se tratar de acusado preso (neste caso flagrante da bisavó). As investigações prosseguem, à disposição do Judiciário e Ministério Público, para apurar em detalhes a participação de outros envolvidos no crime.

O CASO

Na terça-feira (05), a Polícia Civil foi informada de um feto/recém nascido que teria sido enterrado em uma residência, e deslocou para o endereço (rua Paraná) em conjunto com a Polícia Militar. Ao iniciar escavação em busca do corpo, os policiais ouviram o choro do bebê e constaram que a criança estava viva. O bebê foi socorrido e encaminhado para socorro médico imediato.

A bisavó da bebê, , Kutsamin Kamayura, 57, foi presa na manhã de quarta-feira (06) e na ocasião, alegou que a criança não chorou após o nascimento, por isso acreditou que estivesse morta e, segundo costume de sua comunidade, enterrou o corpo no quintal, sem acionar os órgãos oficiais.

Em continuidade às investigações, a Polícia Civil com oitivas de testemunhas envolvidas no caso, apurou a conduta e participação da avó da vítima, a indígena Tapoalu Kamayura, 33. Ela tinha conhecimento da gravidez da filha de 15 anos, em razão da adolescente ser solteira e o pai da criança já ter casado com outra indígena. Durante todo período gestacional também ministrou chás abortivos para interromper a gravidez, segundo os depoimentos colhidos.




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