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Mais de 60 pessoas foram presas pela Polícia Federal em Mato Grosso, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Brasília durante a Operação Jurupari, anunciou agora há pouco o superintendente da Polícia Federal em Mato Grosso, Valmir Lemos, e o delegado Franco Perazzoni durante entrevista coletiva na seda da PF em Cuiabá.
Segundo Perazzoni, delegado do Meio Ambiente que investiga o caso há dois anos, a maioria das práticas criminosas de dava através de fraudes em planos de manejo ambientais. Engenheiros florestais eram contratados por donos de áreas para elaborar inventários fraudulentos, ou seja, especificavam espécies de árvores que não existia na área com o objetivo de se obter créditos ambientais.
A partir disso, proprietários de áreas e madeireiros "esquentavam" madeira ilegal, geralmente retirada de áreas indígenas do Parque Nacional do Xingu, reserva Caiabi, na região de Apiacás; Cinta Larga, na região de Aripuanã, Juína e Colniza; e na região de Juruena.
No total, 68 empreendimentos apresentaram irregularidades, todos com laudos de manejo fraudados. Os danos ambientais, segundo a Polícia Federal, chegam, no mínimo, a R$ 900 milhões.
Servidores públicos
Segundo o delegado da PF, doze servidores públicos de Mato Grosso foram presos. Eles se utilizavam de influência política para obter vantagens e liberações de manejos e créditos ambientais. Em um dos casos ficou comprovado o pagamento de propina, no valor de R$ 5 mil para vistoria de uma área.
Entre os servidores que teriam sido presos está o ex-secretário de Estado de Meio Ambiente, Luiz Henrique Daldegam, que ficou sabendo da decretação de sua prisão preventiva por familiares, via telefônica, e se apresentou à Polícia Federal de Rondonópolis.
Autor: com Mídia News
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