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Polícias
Segunda, 20 de dezembro de 2010, 09h58

Operações da Polícia Civil levam 2.013 pessoas para a cadeia


Um total de 334 operações policiais e 2.013 pessoas suspeitas de crimes presas no Estado de Mato Grosso. As ações operacionais foram executadas pela Polícia Judiciária Civil no ano de 2010 para combater diversas frentes do crime, entre elas o tráfico de drogas, a exploração sexual de crianças e adolescentes e os crimes contra o patrimônio. Os dados são de até o dia 14 de novembro.

O delegado geral, Paulo Rubens Vilela, destaca como necessária a ampliação das operações planejadas para atacar delitos de diversas naturezas. Vilela defende ações diferenciadas para combater determinados crimes, como o tráfico de drogas, que reflete na prática de outros delitos. “A Polícia Civil planeja para 2011 ações de impacto na criminalidade. Muitos delitos serão combatidos em uma única operação, visando o melhor aproveitamento do efetivo e a efetivação do trabalho de investigação”, afirma Vilela.

Para delegados que atuaram no comando de operações, o diferencial em relação a 2009 está na consistência das investigações que desencadearam as operações. No ano passado a Polícia Civil realizou 367 ações policiais e 2.060 prisões.

O interior do Estado concentra o maior número de delegacias e também a maior quantidade de operações. A Polícia Civil deflagrou 227 operações que levaram à prisão de 1.690 pessoas. Nos municípios foram cumpridos 1.189 mandados (prisão e busca), efetuados 751 flagrantes, com apreensão de R$ 58,9 mil, 101 quilos de drogas, 205 armas e 128 veículos.

Algumas das ações tiveram alcance em todo os municípios, em razão de terem sido desenvolvidas simultaneamente, como a operação “Quentão” que prendeu de uma só vez 410 pessoas e a “Agosto” que levou 200 suspeitos para prisão. “Foi o somatório do trabalho planejado e discutido com os delegados regionais no início do ano. O novo modelo de trabalho de polícia é direcionado a fortalecer as ações operacionais”, afirma o diretor de interior, Jales Batista da Silva.

O diretor destaca também as operações: “Atacadista” (Peixoto de Azevedo), “Pedra Branca” (Alta Floresta) e “Mistura Fina” (Tangará da Serra), todas relacionadas ao tráfico de drogas, e a operação “Boi Gordo”, que resultou na prisão de um grupo que agia no roubo de gado na região Médio-Norte.

Dezenas de ações policiais também foram realizadas para combater a exploração sexual de menores, tanto no campo da fiscalização quanto da repressão. As operações “Atena II”, realizada em conjunto com o Ministério do Trabalho e outras instituições na área do Zero Quilômetro, em Várzea Grande, e a “Tentáculo”, foram voltadas para a averiguação de denúncias em pontos com suspeitas de menores em situação de risco. A “Tentáculo” prendeu 27 pessoas, ligadas também ao tráfico de drogas, roubo a banco e foragidos da Justiça, nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande. A “Atena II” constatou a exploração da prostituição e um inquérito foi aberto para apurar a condição análoga a escravidão das mulheres encontradas nas casas noturnas.

Na Grande Cuiabá, o diretor metropolitano, Marcos Veloso, disse que no próximo ano as operações ocorrerão com mais regularidade, dentro de ações planejadas para combater principalmente os crimes contra o patrimônio, homicídios e entorpecentes.

Tráfico de drogas

O tráfico de drogas foi o crime mais combatido nas operações realizadas, 113 ao todo. A Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE) desencadeou seis operações, todas de médio porte, para desmontar quadrilhas que atuavam no tráfico doméstico e interestadual e ainda fechar pontos de produção e venda de drogas, as chamadas bocas de fumo em Cuiabá. Juntas as operações contabilizam 103 presos.

As operações “Capiravi” (16 presos), realizada em abril, “Guarânia” (11 presos), em julho, e “Vitória” (41 presos), novembro, são destacadas pela delegada titular da DRE, Cleibe Aparecida de Paula, como as mais importantes devido à atuação dos grupos criminosos. “Conseguimos alcançar todos os vínculos e demonstrar a associação e a participação de cada um dentro da organização”, destaca a delegada.

A operação “Guarânia”, ritmo musical paraguaio, consumiu um ano de investigação para levar a prisão integrantes de uma quadrilha que atuava no tráfico de maconha vinda do Paraguai. Durante as investigações a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, com informações da Polícia Civil de Mato Grosso, interceptou dois carregamentos que somam 815 quilos de maconha, nas cidades de Amambai e Jaraguari, naquele estado. Num deles, 715 quilos estavam escondidos em um carro de passeio. Em Cuiabá, as investigações apreenderam três remessas, de cerca de 20 quilos cada, totalizando 870 quilos apreendidos em toda a investigação. “Era um dos grupos mais atuantes nesse segmento na Capital. Depois da operação, a apreensão de maconha diminuiu e se reduziu é porque está ausente no mercado”, conclui a delegada Cleibe.

As investigações da operação “Vitória” descobriram uma rede de 41 pessoas interligadas pelo tráfico de drogas com ramificações no Estado do Espírito Santo. A quadrilha tinha no comando um presidiário que necessitou ser transferido para um presídio federal, em Porto Velho, Rondônia.

Investigações e estrutura

Em média, uma operação é deflagrada depois de seis ou oito do início do trabalho investigativo. Desde a suspeita da prática do crime, uma séria de ações silenciosas é desenvolvida no curso da investigação. O uso de recursos tecnológicos é indispensável para as investigações, sobretudo, as consideradas de alta complexidade.

A investigação precisa também ser seguida da materialização da prática criminosa. Isso ocorre com as apreensões que vão acontecendo no decorrer da apuração do delito. No caso do tráfico, as apreensões de drogas são essenciais para a comprovação da atividade ilícita da quadrilha. Nos crimes contra a administração pública e fazendários, a documentação apreendida e perícias fortalecem o inquérito policial.

A estrutura também é grande. Demanda além de equipamentos especiais de inteligência, como softwares de análise de vínculo, filmadora com infravermelho, câmaras fotográficas, binóculos, viaturas descaracterizadas, entres outros, exige profissionais com perfil para levantamento de campo, equipe de analistas e um grande aparato de policiais e veículos para o dia da operação.
 




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