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Polícias
Terça, 17 de maio de 2011, 17h53

PF prende 19 no Estado


Ação deflagrada para combater corrupção na compra de remédios atingiu secretários municipais e servidores

A Polícia Federal prendeu ontem em Mato Grosso, durante a Operação Saúde, 19 pessoas acusadas de desvio de dinheiro público destinado à compra de medicamentos para o programa Farmácia Básica. Entre os detidos estão o diretor de um hospital e o secretário municipal de Barra do Bugres. Três pessoas ainda estão foragidas no Estado.

A operação foi deflagrada no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia e Mato Grosso. A Justiça Federal de Erechim (RS) expediu os 64 mandados de prisão. As investigações foram conduzidas pela Polícia Federal e pela Controladoria Geral da União. Em todo o país foram presos 34 servidores públicos, sendo 12 secretários municipais.

A reportagem conseguiu levantar que, em Barra do Bugres, foram detidos o diretor do Hospital Municipal, Rodrigo Salmazo Martins, o secretário municipal de Administração e Finanças, Iandro Rodrigo Monteiro Amicci, o coordenador de licitações, José Wilson Pereira Lage, e o farmacêutico da Atenção Básica, Germano Modesto Cagnoni. Em Rondonópolis, a polícia prendeu a farmacêutica Fabiana Gouveia, chefe do almoxarifado da Secretaria Municipal de Saúde.

Os policiais cumpriram mandados de prisão em Cuiabá, Araputanga, Barra do Garças, Tangará da Serra, Rio Branco, Mirassol D’Oeste, Alto Boa Vista, São Félix do Araguaia, Itiquira Rondonópolis e Santa Bela da Santíssima Trindade. A polícia cumpriu ainda mandados de busca e apreensão nas prefeituras de Araputanga, Mirassol D’Oeste, Rio Branco, Lambari D’Oeste e Itiquira. A PF, porém, não informou os nomes dos envolvidos.

O inquérito da PF foi instaurado em 2007, quando foram constatados desvios de dinheiro público destinados pelo governo federal à compra de remédios para distribuição à população em situação de vulnerabilidade social, do Programa de Assistência Farmacêutica Básica, conhecida como Farmácia Básica.

A polícia desbaratou três organizações criminosas que concentravam as ações no município de Barão de Cotegipe (RS), com mais de 15 empresas estabelecidas no ramo de distribuição de medicamentos. Os criminosos desviavam o dinheiro destinado à compra de medicamentos. As empresas deixavam de entregar ou entregavam apenas parte dos remédios comprados por licitação, entregavam outro produto ou distribuíam o medicamento com prazo de validade muito próximo.

O lucro era distribuído entre empresas e servidores públicos envolvidos na fraude. Em apuração inicial, foi constatado que uma das quadrilhas chegou a movimentar R$ 40 milhões em 2009 e R$ 70 milhões no ano passado.

Os presos vão responder pelos crimes de corrupção ativa, fraude de licitações, formação de quadrilha, peculato e possível lavagem de dinheiro.

 




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