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Sexta, 14 de abril de 2017, 08h09

Vale do Silício provoca crise habitacional em zona rural


Um aumento desproporcional nos casos de pessoas sem casa no Vale Central da Califórnia pode estar relacionado a uma causa bastante inusitada: o Vale do Silício. De acordo com o Guardian, a região que produz cerca de 25% da comida do país - incluindo 40% das frutas e nozes - vem sofrendo com uma alta de preços provocada pelo polo tecnológico.

A concentração de empresas de tecnologia em cidades como São Francisco e São José faz com que os preços de imóveis nas cidades cresçam de maneira desmedida. Como as empresas pagam muito bem, os donos de imóveis também aumentam os preços das casas e dos aluguéis. A consequência disso é que as pessoas que ganham menos têm de buscar habitação em outros locais, mais distantes.

Esse processo, no entanto, foi se expandindo até cerca de 140 quilômetros para o interior e chegou à cidade de Patterson, com 22 mil habitantes. Nos últimos anos, os aluguéis na cidade rural saltaram de US$ 900 para US$ 1.600, em média. O motivo disso é que a cidade fica perto da estrada I-5, que liga a zona rural ao polo tecnológico.

Aqui trabalho, aqui não moro

Com a estrada, pessoas que atuam no Vale do Silício têm fácil acesso a seus trabalhos; por outro lado, elas também podem se beneficiar de aluguéis mais baratos do que pagariam se morassem mais perto. Segundo a University of the Pacific, cerca de 15% da população economicamente ativa da cidade trabalha em outra região.

Quem trabalha em Patterson ou nas cidades vizinhas, porém, sai prejudicado. Segundo Michele Gonzales, a diretora do departamento de habitação da região, "as famílias que moram aqui não têm como competir com quem trabalha em outra cidade". No Vale Central como um todo, o departamento de habitação estima que haja 1.400 pessoas sem casa, e outras 18 mil em situação de habitação precária (morando em seus carros ou de favor nas casas de amigos ou parentes).

Isso provoca também uma superlotação dos albergues e centros de assistência social da região, que não têm estrutura para atender a essa demanda. Kavin Carroll, que dirige um abrigo, diz que a cada mês precisa negar abrigo a dúzias de mulheres e crianças. "A gente provavelmente conseguiria abrir um abrigo novo e enchê-lo no mesmo dia", diz. 

Olhar Digital




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