Cuiabá | MT 28/03/2024
Mundo
Sábado, 06 de maio de 2017, 06h59

FAO soma-se à luta contra o zika em zonas rurais latino-americanas e caribenhas


A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) trabalhará com os países de América Latina e Caribe para criar uma estratégia com o objetivo de diminuir o impacto do vírus zika na segurança alimentar das zonas rurais da região.

Com um enfoque orientado para as comunidades rurais, a estratégia se centrará na diminuição do mosquito Aedes aegypti — que transmite a doença — identificando os públicos mais vulneráveis, zonas críticas, as formas com as quais o mosquito se dissemina e as medidas para controlá-lo.

“A redução da população do mosquito Aedes continua sendo a principal ação para diminuir a exposição ao vírus”, explicou Deyanira Barrero, da FAO.

A agência da ONU apoiará os países no fortalecimento de ações de controle integral do mosquito nas comunidades rurais, reconhecendo saberes locais e práticas culturais, e apoiando um uso responsável de pesticidas e inseticidas, quando for necessário.

“No momento, o vírus zika está na frente: a região tem condições agroclimáticas favoráveis para o mosquito que o transmite, por isso, é tão urgente uma resposta regional integrada”, disse Barrero.

Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) dão conta de que, no início de 2017, havia 4 milhões de pessoas infectadas pelo zika na América Latina e no Caribe, enquanto que um novo relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) afirmou que o vírus terá um impacto maior nos países mais pobres da região e nos grupos vulneráveis, sobretudo nas mulheres pobres.

Por isso, o projeto da FAO inclui uma estratégia de comunicação orientada às comunidades rurais para que conheçam e apliquem os melhores métodos para controlar o mosquito, como medida de prevenção.

Uso seguro de pesticidas

O vírus zika afeta a saúde pública, a produtividade agropecuária e a inocuidade dos alimentos, tendo impactos sobre a segurança alimentar das comunidades que dependem da agricultura como seu meio de vida.

Segundo a FAO, a luta para controlar o mosquito que transmite o vírus zika pode levar a um forte aumento do uso de inseticidas e pesticidas.

“É essencial que isso seja feito atendendo as recomendações de uso e manejo estabelecidas pela OMS e FAO, para garantir a saúde pública, a inocuidade dos alimentos e para proteger a cadeia agroalimentar de qualquer contaminação”, explicou Barrero.

Elementos de uma resposta regional coordenada

A estratégia apoiada pela FAO complementará os esforços de organizações como Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), PNUD, World Vision, OMS e autoridades sanitárias dos países, tendo um de seus pontos centrais fortalecer a coordenação entre as agências para identificar as ferramentas disponíveis e intervenções em curso.

A FAO recomenda utilizar modelos preditivos que relacionem dados clínicos, meteorológicos, climáticos, sociais e ambientais para poder dar uma resposta eficiente ao problema do zika, apoiada por um trabalho entre setores que envolva os ministérios de saúde, agricultura, meio ambiente e educação, entre outros. 




Busca



Enquete

O Governo de MT começou a implantar o BRT entre VG e Cuiabá. Na sua opinião:

Será mais prático que o VLT
Vai resolver o problema do transporte público.
É uma alternativa temporaria.
  Resultado
Facebook Twitter Google+ RSS
Logo_azado

Plantão News.com.br - 2009 Todos os Direitos Reservados.

email:redacao@plantaonews.com.br / Fone: (65) 98431-3114