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Quinta, 27 de julho de 2017, 16h23

Após retomada, Mossul tem pressa para reconstruir infraestruturas danificadas


A Câmara Municipal de Mossul trabalha contra o relógio para reconstruir as infraestruturas urbanas, após quase nove meses de combates para retomar essa cidade iraquiana do grupo Estado Islâmico (EI), para que os deslocados possam voltar o mais rápido possível. Calcula-se que o custo da reabilitação de Mossul possa superar US$ 20 bilhões. A informação é da EFE.

A parte oriental da cidade, libertada em janeiro, quase já recuperou a normalidade e a maioria dos deslocados voltou às suas casas. Já a parte ocidental - onde a luta entre as forças de segurança e os jihadistas, que terminou no último dia 10 julho, foi muito mais intensa - sofreu grandes danos e, por enquanto, só retornaram a essa região cerca de três mil pessoas.

"Estamos sendo rápidos em fazer o plano (de recuperação) e já conseguimos, graças a Deus, devolver a vida ao leste de Mossul após iniciar projetos de infraestrutura, que incluem [serviços de] água, eletricidade e esgotos, que agora funcionam a 80% da capacidade", declarou o responsável da Câmara Municipal de Mossul, Abdelsatar al Habu.

Oeste ainda impróprio

No entanto, quanto ao oeste de Mossul, ele disse que "não está apto para o uso humano", devido ao fato de que o "último objetivo (do EI) foi destruir a infraestrutura", razão pela qual causou danos em entre 60% e 70% da cidade, enquanto que no leste esse percentual ficou entre 20% e 30%.

Segundo al Habu, ainda resta muito a fazer para proporcionar os serviços básicos: enviar água potável a todas as casas, estabelecer redes de eletricidade e instalar redes de esgoto. A cada dia ele realiza uma visita com os seus funcionários à parte ocidental da cidade para avaliar os danos e o custo da reconstrução. "Necessitamos de dinheiro para reconstruir os prédios em ruínas, construir novas moradias e recompensar os que perderam (suas propriedades)", detalhou.

O gestor público disse que está trabalhando na reconexão da rede elétrica entre o leste e o oeste de Mossul, um trabalho que deve terminar nos próximos dez dias, e que é fundamental para começar os planos de retorno "dos deslocados e da estabilidade".

A destruição e o vazio do oeste de Mossul, dividida pelo rio Tigre, contrasta com a visível atividade que se vê no leste, onde os moradores começaram a abrir suas lojas e os veículos enchem as vias da cidade. Os mercados, que reabriram na maioria dos bairros, quase recuperaram o movimento de outrora, ainda que siga sendo visível a destruição em alguns locais, como é o caso da universidade.

No bairro de Al Sukar, no leste de Mossul, Hasan, de 42 anos, vive em sua casa com os seus três filhos e a sua mulher com todos os serviços básicos, e conta que, em algumas ocasiões, sofrem cortes de eletricidade. Todas as casas da sua rua já estão habitadas, exceto uma que foi bombardeada pela coalizão internacional, comandada pelos Estados Unidos, porque nela viviam jihadistas do EI.

Combates prosseguem

O responsável da Câmara municipal disse ainda que já detiveram "dezenas de pessoas" vinculadas ao grupo extremista, que foram levadas à Justiça iraquiana. No centro antigo de Mossul, alguns jihadistas ainda seguem escondidos em buracos e túneis, motivo pelo qual os combates não cessaram desde o anúncio da libertação da cidade, no último dia 10 de julho.

Al Habu destacou que agora o desafio é recuperar "a zona antiga onde há mais de 14 mil edifícios arruinados, uma devastação que chegou a 100%". Segundo a ONU, dos 54 bairros do oeste de Mossul, 15 estão completamente destruídos, enquanto 23 foram afetados de maneira moderada.

Entre os planos da Al Habu está construir complexos de moradias ao oeste da cidade, para que os deslocados do arrasado centro histórico possam voltar, enquanto se volta a retomar o ritmo e a atividade da segunda maior cidade do Iraque. 

ABr




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