Cuiabá | MT 28/03/2024
Mundo
Domingo, 20 de agosto de 2017, 16h34

Jovens da América Latina e do Caribe mantêm otimismo com futuro do trabalho


Os jovens da América Latina e do Caribe enfrentam atualmente um mercado de trabalho adverso, com aumento do desemprego e altas taxas de informalidade. No entanto, isso não impede que eles tenham confiança no futuro do trabalho, otimismo sobre o que podem conseguir em seus empregos e boas expectativas sobre o impacto das novas tecnologias, destacou um novo relatório técnico da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

“Os resultados revelam uma perspectiva basicamente otimista dos jovens sobre as oportunidades e condições de trabalho que eles terão no futuro”, disse o diretor regional da OIT para a América Latina e o Caribe, José Manuel Salazar, referindo-se ao relatório divulgado na véspera do Dia Internacional da Juventude, que foi comemorado em 12 de agosto.

O documento “O futuro do trabalho que queremos: a voz dos jovens e diferentes perspectivas da América Latina e do Caribe” afirma que a atual geração de jovens, nascidos na última década do século passado, enfrenta mudanças em uma velocidade que outras gerações provavelmente não observaram.

Fatores como demografia, desenvolvimento tecnológico, mudanças na produção, clima e globalização são determinantes para o futuro do trabalho. Além disso, a situação atual do emprego juvenil é preocupante, disse o diretor regional da OIT.

Salazar afirmou que o momento econômico que a América Latina e o Caribe vivem neste momento, caracterizado por crescimento fraco e geração de empregos insuficiente, atinge os jovens com maior intensidade. “O desemprego juvenil aumentou de forma abrupta no último ano, com um salto de mais de três pontos percentuais, passando de 15,1% a 18,3%. Além de uma taxa de desemprego que é o triplo da dos adultos, os jovens enfrentam uma taxa de informalidade mais alta, estimada em 56% em média para a região”, ressaltou.

Atualmente, existem na região cerca de 114 milhões de jovens em idade de trabalho, dos quais cerca de 54 milhões participam da força de trabalho, de acordo com os últimos dados demográficos. Isso mostra que há um “bônus demográfico” de grande importância, cujo aproveitamento é afetado pelas más condições do mercado de trabalho.

A OIT realizou esta pesquisa online inédita com jovens entre 15 e 29 anos de idade, de 26 países da América Latina e do Caribe. As 1.544 respostas recebidas mostram que “há confiança no futuro”. Porém, o relatório adverte que não se trata de uma amostra representativa da população latino-americana, já que a pesquisa online só capta as respostas de jovens conectados à Internet que decidiram responder às perguntas.

A maioria dos jovens que participaram considera que as novas tecnologias, a robotização e a automatização de processos terá um efeito positivo. “Um resultado muito importante e encorajador é que uma proporção alta de jovens estão conscientes de que devem realizar um esforço pessoal para adquirir educação e capacitação que lhes permita aproveitar as oportunidades futuras”, destacou o especialista regional em emprego juvenil da OIT, Guillermo Dema.

O relatório indica que, de acordo com as respostas recebidas, três de cada cinco jovens veem com muita confiança o seu futuro até 2030. A tendência observada é de que os participantes mais jovens são mais otimistas.

O relatório também destacou que 69% disseram que esperam trabalhar em empresa própria; 76% estavam otimistas sobre a possibilidade de ganhar bons salários; 61% acreditam que as novas tecnologias afetarão o futuro do trabalho; 59% consideram que as mudanças causadas pela tecnologia serão positivas; 73% acreditam que precisam se capacitar constantemente; 29% acham que a tecnologia poderia substituí-los no seu trabalho.

A confiança e o otimismo com relação ao futuro do trabalho têm um lado positivo, mas “se os países não conseguirem criar a infraestrutura de oportunidades de emprego necessária para atender a essas altas expectativas, não teremos só um desperdício de talento, mas também uma geração inteira, ou parte dela, que verá suas expectativas frustradas, com efeitos sobre as dinâmicas políticas e os pactos sociais”, destacou o diretor regional da OIT. 




Busca



Enquete

O Governo de MT começou a implantar o BRT entre VG e Cuiabá. Na sua opinião:

Será mais prático que o VLT
Vai resolver o problema do transporte público.
É uma alternativa temporaria.
  Resultado
Facebook Twitter Google+ RSS
Logo_azado

Plantão News.com.br - 2009 Todos os Direitos Reservados.

email:redacao@plantaonews.com.br / Fone: (65) 98431-3114