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Mundo
Sábado, 23 de dezembro de 2017, 16h51

Fact-checking cresce e ganha mais espaço dentro das empresas de mídia


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O jornalismo consolidou-se em 2017 como principal contraveneno à propagação de notícias falsas na internet. Nesse processo, a verificação de fatos (fact-checking) ganhou mais espaço em todo o mundo por meio de organizações jornalísticas especializadas em checagem. Além disso, a prática começou a ser mais valorizada dentro das organizações de notícias não apenas como parte do trabalho dos repórteres e editores, mas também como um ofício único.

A mais recente revisão do banco de dados do Duke Reporters’ Lab estima que o número de grupos ativos de verificação de fato cresceu neste ano de 114, em janeiro, para 137. Mark Stencel, um dos responsáveis pelo estudo, diz que o crescimento se sustenta principalmente nas iniciativas dos países que realizaram eleições em 2017, como França e Alemanha.

A mobilização por mais verificação de fatos durante os períodos eleitorais também explica, em contrapartida, a queda no número de fact-checking nos Estados Unidos, apesar de o país conviver com um presidente, Donald Trump, imprevisível e que ataca constantemente a mídia. Há, segundo a atualização do Duke Reporters’ Lab, cerca de 44 organizações norte-americanas ativas de verificação de fatos (28 locais e 16 nacionais). No início de 2017, eram 51.

Mesmo com a presença desse fenômeno sazonal, o ano foi de reforço ao fact-checking, desde o aporte de US$ 1,3 milhão da Knight Foundation para verificadores de fatos até a parceria do Facebook com organizações desse tipo, entre elas Snopes, FactCheck.org e Politifact, passando por investimentos dentro das principais empresas de comunicação.

Nos Estados Unidos, por exemplo, o The New York Times criou, de forma até então inédita entre os diários do país, o cargo de verificador de fatos em sua sucursal de Washington. “Nós cometemos alguns erros durante o verão, não grandes erros nem o tipo que causa muita atenção, mas nós os conhecemos e queremos evitá-los", disse a editora-chefe do escritório do jornal na capital norte-americana, Elisabeth Bumiller.

Para a função de verificação na Era Trump, Elisabeth contratou, em agosto, Emily Cochrane, que até então atuava como estagiária. O trabalho de Emily, que não lida com fontes, é complementar ao dos repórteres, evitando erros desnecessários. Na cobertura de uma presidência tão belicosa à imprensa, afirmou o correspondente chefe do The New York Times na Casa Branca, Peter Baker, não há margem para erros, mesmo que pequenos. “Temos que ser tão bons quanto possamos ser", frisou. Emily, contou o jornalista, já pegou muitas coisas que teriam sido “um enorme constrangimento” se publicadas.

ANJ




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