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Na mesma semana em que um grupo de especialistas internacionais nomeado pela Comissão Europeia apresentou um relatório no qual recomenda explicitamente não regular a internet como antídoto às notícias falsas, o governo da Nicarágua, onde a liberdade de expressão está em constante ameaça, anunciou a intenção de “revisar” o uso das redes sociais no país. Segundo o jornal El País, trata-se de uma nova frente de censura do presidente Daniel Ortega a críticas a sua gestão.
A intenção foi revelada pela mulher do mandatário da Nicarágua, a vice-presidente Rosario Murillo, em cadeia de televisão. Ela disse estar "conversando" sobre o tema com o presidente da Asamblea Nacional, Gustavo Eduardo Porras Cortés, e assegurou que as redes sociais estão "influenciando negativamente" os nicaraguenses e afetando a "capacidade de convivência" das famílias do país.
Durante onze anos de administração de Daniel Ortega, rádios e programas críticos foram silenciados. Há repressão e ameaças a redações e jornalistas. Ao mesmo tempo, a família Ortega controla cinco canais na televisão aberta, gerenciados pelos filhos do presidente e da vice-presidente da Nicarágua. O El País relatou que esses veículos transmitem notícias oficiais, telenovelas e programas de baixa qualidade, nos quais as mulheres e a população mais vulnerável são denegridos.
ANJ
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