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Quinta, 05 de abril de 2018, 14h03

Facebook diz que maioria dos usuários está vulnerável; brasileiros são vítimas em escândalo


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O Facebook revelou na quarta-feira (4) que os dados da maior parte de seus 2 bilhões de usuários podem ter sido acessados indevidamente, informou o jornal O Globo. A rede social disse ter removido uma funcionalidade que permitia fazer busca de usuários pelo número de telefone ou endereço de e-mail. Isso, segundo a empresa, estaria sendo usado por agentes mal-intencionados para capturar informações de perfil que estavam públicas. A rede social também informou, segundo a Folha de S.Paulo, que dos 87 milhões de perfis violados de forma imprópria com a consultoria Cambridge Analytica, 443.117 são de usuários brasileiros.

A informação do acesso indevido a dados da maioria dos usuários da rede social está quase no pé de um post no Facebook Newsroom sobre as mudanças nas funções de privacidade, conta reportagem de O Globo. “Dadas a escala e a sofisticação da atividade que observamos, acreditamos que a maior parte dos usuários do Facebook pode ter tido seu perfil público capturado dessa forma”, afirmou a empresa em nota. “Então desabilitamos essa funcionalidade.”

A ferramenta de busca, em si, não seria um problema, e sim seu uso por pessoas mal-intencionadas. E os dados que poderiam ser acessados restringem-se aos dados públicos, isto é, aqueles que o usuário permite que qualquer pessoa veja, mesmo quem não faz parte de seu círculo de amizades.

Especialista em direito digital do escritório Peck Advogados, Para Leandro Bissoli, disse ao O Globo que o Facebook ainda não conseguiu identificar a extensão do comprometimento de dados. “Não dá para saber se foi o único caso, se houve outros, e é essa insegurança que o Facebook pretende espantar agora. O processo está em evolução, e eles aproveitaram o caso Cambridge para entrar em conformidade com as regras futuras (da Europa) e a possibilidade de multas.

O advogado se refere às novas normas de privacidade da União Europeia, que entrarão em vigor em 25 de maio. A legislação prevê multas que podem chegar a 4% do faturamento anual das empresas.

Uma reportagem da Reuters, na terça-feira, afirmou que o Facebook não aplicaria as novas regras europeias a todos os seus usuários. Zuckerberg, porém, assegurou que as normas serão as mesmas. Ele ainda defendeu o modelo de negócios de coleta de dados de usuários, para permitir publicidade direcionada. “As pessoas nos dizem que, se têm de ver anúncios, então os anúncios têm de ser bons”.

Usuários do Brasil prejudicados

O Brasil está entre as dez nações em que o Facebook reconhece que houve uso ilegal de dados de usuários pela Cambridge Analytica, relatou a Folha de S.Paulo. A maioria está nos EUA (70.632.350), seguido por Filipinas (1.175.870), Indonésia (1.096.696) e Reino Unido (1.079.031). Também houve prejudicados pelos vazamentos em México (789.880), Canadá (622.161), Índia (562.455), Vietnã (427.446) e Austrália (311.127). A empresa promete avisar o problema aos usuários a partir de segunda (9).

Ao anunciar os países prejudicados, Schroepfer informou que a rede social mudará as permissões de informações para aplicativos, centralizando as permissões de dados nos casos de grupos, eventos e páginas públicas. O Facebook também decidirá que aplicativos terão acesso a curtidas, check-ins, fotos, postagens, vídeos, eventos e grupos. Também restringirá o acesso a números de telefones celulares e emails de usuários desconhecidos.

E proibirá mecanismos de terceiros que acessem informações pessoais como religião, orientação política, status de relacionamento, formação educacional e profissional, exercícios físicos, músicas, livros, notícias, vídeos e jogos.

ANJ




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