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Sábado, 14 de abril de 2018, 18h32

Equador confirma morte de jornalistas sequestrados por dissidentes das Farc


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O presidente do Equador, Lenin Moreno, confirmou nesta sexta-feira (13) o assassinato dos três profissionais do jornal equatoriano El Comércio, sequestrados em 26 de março na fronteira com a Colômbia. O repórter Javier Ortega, de 32 anos, o fotógrafo Paúl Rivas, de 45 anos, e o motorista Efraín Segarra, de 60 anos, tinham sido sequestrados quando preparavam reportagens em Mataje, na fronteira com a Colômbia, região onde as autoridades dos dois países perseguem guerrilheiros da Frente Oliver Sinisterra, um dissidência das antigas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Eles estavam em poder do grupo armado dirigido por Walter Artízala, conhecido como “Guacho”, que comanda cerca de oitenta combatentes.

Na quinta-feira (13), após rumores sobre a possível morte dos integrantes da equipe de reportagem, o presidente Moreno suspendeu sua participação na Cúpula das Américas, no Peru, anunciando que voltaria a seu país por causa da “situação crítica” dos jornalistas e do motorista. Ele decidiu voltar de forma urgente a Quito depois que um canal colombiano anunciou ter recebido fotos que corresponderiam aos corpos dos profissionais. “Decidi retornar imediatamente ao Equador pela situação crítica que vivemos neste momento. Volto junto aos familiares de Javier, Paúl e Efraín”, escreveu o mandatário no Twitter.

Na noite de quinta-feira, Moreno estabeleceu o prazo de 12 horas para que os sequestradores provassem que o grupo estava vivo. Caso não haja a prova de vida, “iremos com toda a contundência (…) e sem contemplações para punir estes violadores de todos os direitos humanos”, declarou Moreno logo após retornar ao Equador. O prazo expirou às 10h50 desta sexta (12h50, em Brasília). "Não recebemos prova de vida", disse Moreno em pronunciamento transmitido pela TV. "E lamentavelmente temos informação que confirma os assassinatos dos jornalistas." O presidente também anunciou que o Exército retomou as operações na fronteira, que tinham sido suspensas para a busca da equipe.

Antes, em coletiva de imprensa, o coronel Fausto Olivo, coordenador de criminalística do Serviço de Medicina Legal da Polícia Nacional, informou que análises técnicas de fotos entregues à uma rede de televisão indicavam que peças de vestuário coincidiam com dois dos sequestrados. “Após análise das fotos, constatamos que elas coincidem com duas das pessoas sequestradas e, por meio de um estudo biométrico isso nos dá uma probabilidade de que seja coincidente”, disse.

Na quarta-feira (11), Colômbia e Equador anunciaram que não podiam confirmar a autenticidade de uma declaração, supostamente emitida pelo grupo armado Frente Oliver Sinisterra, que afirmava que os jornalistas eram dados como mortos. A declaração que circulou pelas redes sociais indicava a morte dos jornalistas e do motorista em uma operação de resgate fracassada — que a Colômbia nega. Os três reféns apareceram na semana passada em um vídeo no qual informaram que sua liberdade dependia de uma troca de membros do grupo armado detidos no Equador.

Ainda na quarta-feira, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) havia pedido à Colômbia e ao Equador que garantissem "a vida e a integridade” dos sequestrados.

ANJ




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