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Segunda, 01 de outubro de 2018, 07h31

Espanha: agora é a hora de liderança cooperativa, não de retórica nacionalista


O presidente espanhol, Pedro Sanchez Perez-Castejon, fala durante a 73ª sessão da Assembleia Geral da ONU. Foto: ONU/Cia Pak

O mundo está enfrentando enormes desafios globais, disse o presidente espanhol, Pedro Sánchez Pérez-Castejón, à Assembleia Geral da ONU na quinta-feira (27), lembrando que os tempos atuais “não precisam de nacionalismo ou de retórica não inclusiva”.

“Agora é a hora de cultivar uma nova liderança cooperativa, baseada não apenas na vontade de ouvir os outros, mas também na prontidão em entender suas motivações”, disse, observando que “nenhuma pessoa sozinha tem o monopólio da verdade”.

“Precisamos de lideranças que possam construir o consenso e forjar acordos; que possam encontrar soluções e fazer o melhor das sinergias”, acrescentou.

Ele declarou que a real força da ONU está em “tudo que ela pode fazer para construir o futuro”, afirmando que “somos a última geração que terá a chance de interromper as consequências das mudanças climáticas” e a primeira a erradicar a pobreza global.

“Não é uma questão de ver obstáculos, mas de identificar oportunidades” para construir o desenvolvimento sustentável, salientou.

Ele pediu que os líderes globais olhem para além do tempo presente e que foquem na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

“Sem dignidade, sem igualdade entre homens e mulheres, sem respeito aos direitos humanos, não haverá paz e não haverá desenvolvimento”, disse.

Afirmando que a humanidade não deve tolerar a discriminação de gênero, Sánchez disse à Assembleia que lidera pelo exemplo, lembrando que seu gabinete é formado em 60% por ministras mulheres.

Ele argumentou que as empresas, o sistema educacional e a sociedade como um todo são o “campo de batalha”, lembrando que tetos de vidro permanecem nas lideranças “simplesmente devido à inércia”.

“Precisamos desenvolver um caminho verdadeiramente global para erradicar todas as formas de discriminação ainda sofridas pelas mulheres”, disse, elogiando o apoio da Espanha na promoção da Agenda Mulher, Paz e Segurança, porque “é crucial que as mulheres participem como agentes de paz em todas as fases dos conflitos”.

Sobre a crise de migrantes e refugiados, ele afirmou: “não há atalhos ou consertos rápidos”.

“A humanidade não pode simplesmente aceitar como inevitável o fato de que 68 milhões de pessoas foram forçadamente deslocadas no mundo, ou que mais de 25 milhões são refugiados, e mais de 3 milhões são requerentes de refúgio.”

Chamando o Pacto Global sobre Refugiados como “um grande passo adiante”, ele lembrou que 85% dos refugiados do mundo e requerentes de refúgio estão em países em desenvolvimento.

Lembrando que a Espanha foi um dos países da Europa Ocidental mais atingidos pela crise econômica, ele elogiou o país ao afirmar que “a maioria da sociedade espanhola nunca deu as costas para a tragédia resultante da migração”.

“Esses Estados precisam de nossa empatia e compromisso”, disse Sánchez, acrescentando que “todos temos a obrigação de ajudar”.

Ele acredita que a migração segura, ordenada e regular pode produzir impactos positivos, ao contrário da aplicação da força em certos países, com narrativas excludentes e xenofóbicas.

“Para o sistema multilateral ser efetivo, precisamos renová-lo e reforçá-lo”, enfatizou. “Fazendo isso estaremos defendendo tudo o que acreditamos”.




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