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Quinta, 04 de outubro de 2018, 18h03

Axel Springer, da Alemanha, usa dados para enfrentar o duopólio Google e Facebook


 Conhecida pelo seu arrojado e bem-sucedido plano de investimento em conteúdo digital e pelo enfrentamento ao duopólio formado por Google e Facebook, a gigante de mídia alemã Axel Springer segue uma sofisticada estratégia para valorizar ao máximo sua credibilidade jornalística em contraponto à queda de confiança nas mídias online. A iniciativa é sustentada por detalhadas pesquisas, iniciadas desde o escândalo envolvendo o Facebook e a Cambridge Analytica, rigorosos princípios de relacionamento com as gigantes de tecnologia e forte ação junto aos anunciantes sobre o quão é decisivo estar ao lado de marcas confiáveis e seguras, bem como o incentivo para que outros publishers sigam o mesmo caminho.

"Estamos impondo mais dificuldade ao Facebook", disse Carsten Schwecke, diretor digital da Media Impact, braço de pesquisas da Axel Springer. “O escândalo Cambridge Analytica causou uma grande mudança em termos de confiança do usuário na Alemanha. Nós fizemos pesquisas internas que deixam isso bem claro. E pode haver nisso mais pontos reais a nosso favor, como publishers.”

A Axel Springer não deixou de fazer parcerias com Facebook e Google, por exemplo, mas estabeleceu uma independência dessas empresas para gerar tráfego e monetização, informa o site Digiday. A companhia jornalística criou, por exemplo, uma plataforma de gerenciamento de consentimento de código aberto para publishers e fornecedores de tecnologia de anúncios, adequando-se ao Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) da União Europeia sem ser obrigada a usar o CMP do Google. O grupo de mídia também desenvolveu seu próprio sistema de classificação em suas parcerias com o Facebook e o Google. O conceito é que, se uma dessas empresas não atender a três dos critérios estabelecidos pelo publisher, as atividades são interrompidas.

Além disso, o grupo alemão segue monitorando, por meio de pesquisas, os índices de confiabilidade das redes sociais. Um desses estudos, após o escândalo da Cambridge Analytica, em março, avaliou a credibilidade do Facebook na Alemanha. Pouco mais de 50% dos mais de 4 mil entrevistados com idades entre 16 e 49 anos disseram que fazem declarações falsas nas consultas promovidas por empresas de mídia social, incluindo o Facebook, para proteger sua identidade. Quando os entrevistados foram questionados sobre quais sites de notícias ou de empresas digitais interativas provavelmente perderiam popularidade no futuro, 46% disseram que o Facebook se tornaria menos popular.

 

 

ANJ




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