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Mundo
Quarta, 24 de outubro de 2018, 14h42

Na Colômbia, quase 9 milhões de pessoas não têm acesso à informação local


Quase nove milhões de colombianos não têm acesso a informações locais, revela novo estudo produzido pela Fundação pela Liberdade de Imprensa (FLIP). A pesquisa foi elaborada com o objetivo de avaliar o impacto do conflito armado – encerrado em fevereiro de 2017 com um acordo entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo – no jornalismo local. O levantamento, “Cartografias da informação”, mostra que 585 dos 994 municípios do país mapeados pela FLIP estão “em silêncio”. Além disso, a mídia está concentrada nas capitais.

“A guerra entre os atores armados deixou, na maioria dos municípios do país, um medo patente de falar abertamente sobre questões de interesse público. Esses lugares continuam sendo desertos informativos”, diz o estudo, realizado ao longo de três anos. Nesse período, uma equipe da FLIP reuniu informações sobre os municípios avaliados e entrevistou mais de 2 mil jornalistas e 1,8 mil meios de comunicação.

A equipe do FLIP descobriu duas características comuns para as zonas de silêncio: falta de recursos para equipamentos e operação, e censura. No caso desta última, a fundação diz que certos interesses forçam a censura e que os jornalistas também ficam calados por causa da publicidade de que precisam para sobreviver.

Além de olhar para áreas sem acesso a informações locais, a exposição discute conflitos entre estações de rádio militares e comunitárias. As duas são desiguais em termos de financiamento, infraestrutura e apoio institucional, segundo a FLIP. As estações de rádio militares (108), afirma o estudo, foram pensadas em termos de apoio à luta armada, não fornecendo informações aos cidadãos. E, em alguns casos, as estações de rádio comunitárias foram estigmatizadas, de acordo com a FLIP.

O relatório também analisa o status da conexão com a Internet no país e seu impacto na mídia. “Em 12 departamentos na Colômbia, a velocidade da internet é entre 60 e 100 vezes mais lenta que em Bogotá”. Para certas áreas, isso significa que o lançamento do site de um meio de comunicação digital é impossível, enfatiza o relatório. Como exemplo, apenas 171 dos 1.805 meios de comunicação investigados eram digitais.

ANJ




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