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Segunda, 29 de outubro de 2018, 15h25

Após ataque, Trump volta a dizer que imprensa é 'inimiga do povo'


Algumas horas depois de observadores, líderes políticos e religiosos culparem, no último domingo (28), o discurso político tóxico e divisivo pela violência verificada nos últimos dias nos Estados Unidos, o presidente norte-americano, Donald Trump, preferiu voltar a acusar a imprensa pelos problemas no país, além de se vitimizar. "As Fake News estão fazendo tudo em seu poder para culpar os republicanos, os conservadores e a mim pela divisão e o ódio que estão acontecendo há tanto tempo no nosso país", escreveu Trump em uma rede social. "Na verdade, são suas reportagens Falsas & Desonestas que estão causando problemas maiores do que eles entendem!"

As declarações foram feitas um dia após Robert Bowers invadir a sinagoga de Pittsburgh, na Pensilvânia, e assassinar 11 pessoas, no sábado (27). O atirador invadiu a sinagoga Tree of Life durante o shabbat, na parte da manhã, armado com um fuzil AR-15 e três pistolas e proferiu palavras antissemitas, informou a Reuters. No dia seguinte, ao contrário de Trump, os rabinos da sinagoga pediram o fim aos discursos de ódio em prol da unidade e da tolerância nos EUA

Em cerimônia inter-religiosa na Universidade de Pittsburgh na noite de domingo (28), oradores responsabilizaram o discurso político tóxico pela criação de uma atmosfera que conduz à violência. O ato começou com cantos por um coral gospel batista e incluíram falas de líderes religiosos cristãos e muçulmanos. "Tudo começa com o discurso. Tem de começar com vocês como nossos líderes. Minhas palavras não têm intenção de serem políticas. Me dirijo a todos igualmente. Parem com as palavras de ódio", afirmou, sob fortes aplausos, o rabino Jeffrey Myers, que dirige a congregação da Tree of Life.

Outro rabino, Jonathan Perlman, defendeu a resiliência diante da violência. "O que aconteceu ontem [sábado] não vai nos quebrar. Não vai nos arruinar. Vamos continuar a prosperar, a cantar, a louvar e a aprender juntos e vamos continuar nosso legado histórico na cidade com as pessoas mais amigáveis que já conheci", afirmou.

Trump, porém, preferiu manter as palavras hostis à imprensa, repetindo os ataques nesta segunda-feira (29). "Há uma raiva em nosso país causada em parte pelas reportagens incorretas, e mesmo fraudulentas. As Fake News Media, os reais Inimigos do Povo, devem parar com a hostilidade aberta e óbvia e reportar as notícias correta e justamente. Isso fará muito para apagar a chama da Raiva e do Ultraje e então vamos conseguir reunir todos os lados juntos em Paz e Harmony. As Fake News Devem Acabar!", escreveu o presidente em rede social. O presidente ainda afirmou ainda que, se a sinagoga mantivesse seguranças armadas, um massacre não teria acontecido.

Na semana passada, pessoas e entidades críticas ao presidente Trump receberam pacotes-bomba, entre elas a CNN. A emissora afirmou que outro pacote suspeito direcionado ao veículo de comunicação foi interceptado, desta vez em Atlanta.

ANJ




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