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Sábado, 24 de novembro de 2018, 10h47

Proteger a informação é contraveneno ao terrorismo que tem se ampliado na internet


O terrorismo ameaça os direitos mais básicos da humanidade, e uma das formas mais eficazes de minar as ambições e a violência dos extremistas é proteger as liberdades dos cidadãos e dos meios de comunicação – liberdade de pensamento, informação e expressão – e salvaguardar o direito à informação livre e responsável. A afirmação é do diretor-geral assistente para comunicação e informação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Moez Chakchouk, durante a conferência "Terrorismo e os meios de comunicação", realizada nesta semana em Paris, na França. Ao mesmo tempo, segundo especialistas, combater o discurso de ódio dos terroristas, cada vez mais sofisticado e multiplicado em redes sociais e outras plataformas na internet, é um dos maiores desafios do jornalismo e das sociedades na atualidade.

Especialistas que participaram do encontro, realizado em parceria entre a UNESCO e a 13onze15 (associação das vítimas dos atentados de 13 de novembro de 2015, na França) enfatizaram que grupos extremistas violentos produzem, em fenômeno relativamente novo, vídeos feitos com relatórios de agências de notícias e noticiários. Depois, os comunicadores desses grupos usam todas as imagens e comentários feitos pelos jornalistas da mídia para justificar suas ações e fazer propaganda. Ao mesmo tempo, profissionais e companhias de comunicação são alvo do terrorismo, como no caso do ataque ao jornal satírico Charlie Hebdo, em janeiro de 2015.

Mais verificação de fatos e múltiplas fontes

A conferência, que reuniu cerca de 400 pessoas, incluindo jornalistas, estudantes, vítimas e pesquisadores, teve como objetivo discutir as últimas tendências, questões e padrões profissionais em reportagens sobre terrorismo e extremismo violento online em mídia impressa e eletrônica. "Nós, jornalistas, estamos comprometidos com o pensamento crítico. A principal qualidade que distingue boato e informação é checar uma ideia e multiplicar as fontes", insistiu Mayssa Awad, repórter sênior da France 24.

O encontro foi organizado dentro de um movimento de reflexão global iniciado pela UNESCO em relação à cobertura da mídia sobre o terrorismo. Moez Chakchouk informou, no evento em Paris, que o guia "Terrorismo e a mídia" elaborado pela instituição será transformado em módulos de treinamento a serem testados em dezembro durante um workshop em Sahel, na África.

"Garantiremos que essas iniciativas sejam apenas o ponto de partida de um programa maior e mais holístico. Além disso, precisamos de parceiros e recursos, também financeiros, em torno desse propósito primordial. Porque a liberdade de informação não deve ser questionada pelo terrorismo. Porque a liberdade de informação também é um direito que deve ser usado com profissionalismo", destacou o diretor-geral assistente para comunicação e informação da UNESCO.

ANJ




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