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Sexta, 30 de novembro de 2018, 12h43

E-mails revelam que Facebook cogitou vender acesso a dados de usuários da rede social


O Facebook considerou, entre 2012 e 2014, a hipótese de oferecer ao mercado acesso contínuo aos dados dos usuários de seus usuários em troca de pagamento, informou nesta quarta-feira (28) o jornal The Wall Street Journal. O plano foi discutido no período após a abertura de capital da empresa na Bolsa (2012) em e-mails internos aos quais o diário norte-americano teve acesso.

Na época dos e-mails, informou o jornal O Globo, o Facebook tinha acabado de realizar sua oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) e tentava encontrar formas de monetizar o produto que operava sob uma política de compartilhamento de dados estabelecida anos antes pelo CEO e fundador da empresa, Mark Zuckerberg. As regras permitiam que milhares de aplicativos externos tivessem acesso a dados de usuários pela plataforma de desenvolvedores, o que ajudava a aumentar o engajamento na rede social por meio de jogos e outras aplicações, mas não geravam lucros para a companhia.

Os e-mails mostram que o Facebook planejava ajustar sua estratégia, e funcionários discutiam formas de gerar mais receitas junto a desenvolvedores externos. Um funcionário não identificado mencionou o desligamento do acesso às informações “de uma vez para todos os apps que não gastam... ao menos US$ 250 mil para manter acesso aos dados”.

Os documentos apontam ainda que os funcionários discutiam formas de pressionar anunciantes a gastarem mais na plataforma em troca de aumento no acesso aos dados de usuários. Juntos, os e-mails revelam que a companhia discutiu internamente uma forma de monetização empregada por alguns players da indústria da tecnologia. Mas, publicamente, o Facebook sempre se posicionou contra essas práticas, destacou o diário O Globo. Em audiência no Congresso norte-americano, em abril deste ano, Zuckerberg foi enfático: “Eu não posso ser mais claro neste tópico: nós não vendemos dados”.

Os e-mails fazem parte de um processo aberto contra o Facebook pela Six4Three, que possuía um aplicativo que procurava imagens de pessoas com biquíni entre os contatos na rede social. Após ser pressionado, inclusive com ameaça de prisão, Ted Kramer, diretor da Six4Three, entregou os documentos ao parlamentar britânico Damian Collins, no último sábado. Collins preside o comitê de Mídia, Digital e Cultura do Parlamento britânico, lidera investigação sobre a privacidade na rede social e disse que pretende tornar públicos os documentos nos próximos dias.

Um porta-voz do Facebook confirmou que as discussões sobre a cobrança pelo acesso aos dados aconteceram, informou O Globo, mas que a companhia decidiu não seguir em frente com o plano. Konstantinos Papamiltiadis, diretor de desenvolvimento de plataformas e programas do Facebook, afirmou que “os documentos que a Six4Three reuniu para este caso são apenas parte da história e foram apresentados de forma a dar uma impressão errada, sem o contexto”.

ANJ




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