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Mundo
Domingo, 16 de dezembro de 2018, 14h31

Cresce o número de jornalistas presos acusados de difundir notícias falsas, diz CPJ


O terceiro aumento consecutivo no número de jornalistas presos pelo exercício de sua profissão no mundo, segundo relatório do Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) divulgado nesta quinta-feira (13), vem acompanhado de elevado crescimento no uso da acusação de difusão de notícias falsas para o aprisionamento de comunicadores. Entre os mais de 250 presos em 1º de dezembro, afirma a organização, ao menos 28 comunicadores são acusados por uma retórica que tomou proporção global contra a imprensa e tem no presidente dos Estados Unidos Donald Trump, diz o CPJ, sua principal voz. Há dois anos, compara a organização, apenas dois jornalistas acusados de disseminar “fake news” estavam encarceirados.

China, Egito e Arábia Saudita aprisionaram mais profissionais do que no ano passado, ao intensificarem a repressão aos profissionais locais, informa o CPJ. A Turquia continuou sendo o pior carcereiro do mundo pelo terceiro ano consecutivo, com pelo menos 68 pessoas atrás das grades.

Na China, que detém o maior número de prisioneiros (47), o quadro reflete a recente onda de perseguição à minoria étnica Uigur na região de Xinjiang. Pelo menos dez jornalistas foram detidos no país, todos em Xinjiang, onde a ONU acusou Pequim de vigilância em massa e detenção de até um milhão de pessoas sem julgamento. No Egito, pelo menos 25 jornalistas estão presos. O governo do presidente Abdel Fattah el-Sisi detém cada vez mais jornalistas e os inclui nos julgamentos em massa em curso.

A Arábia Saudita – sob intenso escrutínio por conta assassinato do jornalista exilado e crítico colunista do jornal The Washington Post Jamal Khashoggi em seu consulado em Istambul – intensificou a repressão contra os jornalistas no país, com pelo menos 16 profissionais encarcerados em 1º de dezembro. Entre os prisioneiros há quatro jornalistas do sexo feminino que escreveram sobre os direitos das mulheres no reino saudita, incluindo a proibição de dirigir que foi suspensa em junho.

Completando a relação dos cinco maiores carcereiros do mundo está a Eritreia. Com 16 jornalistas presos, o país continua aprisionando mais jornalistas do que qualquer outro na África subsaariana; Camarões é o próximo, com sete. A maioria dos jornalistas presos na Eritreia está sob custódia desde que o presidente Isaias Afwerki fechou abruptamente os meios de comunicação independentes em 2001, e não está claro se todos estão vivos.

ANJ




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