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Sexta, 24 de junho de 2011, 07h41

UE e EUA se unem contra tráfico de artigos para bombas


Uma operação internacional já apreendeu 33 toneladas de produtos químicos

A União Europeia e os Estados Unidos decidiram nesta quinta-feira unir seus esforços na luta contra o tráfico de substâncias químicas usadas por terroristas para a fabricação de explosivos. O comissário de Fiscalização, União Aduaneira, Luta contra a Fraude e Auditoria da UE, Algirdas Semeta, disse que a declaração assinada em conjunto facilitará a troca de informações de ambos os lados do Atlântico.

Além disso, deve impulsionar o uso de novas tecnologias para o controle desses produtos. O acordo permitirá ainda o envio de missões europeias aos Estados Unidos (e vice-versa), com o objetivo de conhecer os sistemas utilizados pelas alfândegas e pela polícia na detecção dos produtos químicos, indicou o comissário.

Segundo a secretária de Segurança Interior dos Estados Unidos, Janet Napolitano, o convênio será um grande avanço para o controle da cadeia de provisão das substâncias. "A existência de um ponto fraco ou uma brecha em uma parte dessa cadeia pode ter implicações a milhares de quilômetros", advertiu.

Operações - Na reunião desta quinta-feira, também houve a revisão dos progressos alcançados desde o início da iniciativa global de combate ao tráfico de substâncias químicas, integrada por cerca de 70 países, além da Interpol. Até agora já foram feitas 22 apreensões de produtos explosivos, totalizando 33 toneladas de substâncias químicas que poderiam ser utilizados para fabricação de bombas. Dezoito pessoas foram presas.

Entre as substâncias que podem ser utilizadas para a fabricação de explosivos está o nitrato de amônia, um fertilizante utilizado no atentado de 1995 contra um edifício do governo americano na cidade de Oklahoma, que matou 168 pessoas e feriu mais de 650. Também há o peróxido de hidrogênio, empregado nos atentados a Londres em 2005, no qual morreram 56 pessoas e mais de 700 ficaram feridas.

Segundo o relatório sobre terrorismo do centro nacional de contraterrorismo dos Estados Unidos, somente no ano passado houve aproximadamente 11.600 atentados terroristas, com mais de 50.000 vítimas.

 




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