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Sexta, 02 de setembro de 2011, 17h38

Empresários discutem a comercialização do arroz para Bolívia e Venezuela


Para debater a sustentabilidade da rizicultura foi realizado, ontem (01), o V Seminário da Cultura do Arroz em Terras Altas e a IV Reunião da Comissão Técnica do Arroz do Estado de Mato Grosso e Rondônia amanhã (02). O objetivo foi discutir os trabalhos de pesquisa, produção, industrialização e comercialização. O tesoureiro do Sindicato das Indústrias de Arroz do Sul do Estado (Siar-Sul), Mauro Cabral de Moraes, fala que 85% do arroz produzido é consumido internamente, a intenção é comercializar os excedentes para o Mercosul em especial para Bolívia e Venezuela. O seminário contou com a participação de pesquisadores, empresários, produtores rurais e representantes de instituições públicas.

Em 2004, o Estado produziu 2 milhões de toneladas de arroz, segundo Mauro, com um produto de baixa qualidade que foi rejeitado pelo consumidor. Após seis anos, a produção reduziu, chegando a 800 mil toneladas de arroz, numa área de 204 mil hectares, com uma produtividade de 3.182 quilos por hectare. Conforme Cabral, a área reduziu a produção também e a qualidade do produto ficou competitivo e melhor.” O cultivo da cultura no Estado é considerado um exemplo para o Brasil, pois é feito de forma sustentável com a rotação de cultura e diversificação das pastagens. Hoje produzimos grãos tipo 1, considerado o melhor arroz para mesa”, enfatiza Cabral.

O pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Arroz e Feijão, Carlos Magri Ferreira, comenta que a cultura do arroz em Mato Grosso está consolidada e a qualidade conseguiu superar os desafios técnicos competindo com qualquer mercado mundial. “Podemos dizer que estamos fazendo um produto com a cara de Mato Grosso”, destaca Magri.

O produtor rural e comerciante de sementes, Agenor Vicente Pelissa, tem um plantio de 800 hectares, no município de Sinop, com oito tipos de variedades diferentes, desde agulhinha a arroz grosso. Agenor reclama que o maior entrave hoje é o preço do saco de 60 quilos do arroz que está sendo comercializado por R$ 25,00 a R$ 30,00. Conforme o produtor, o custo de produção está em torno de R$ 30,60 o saco. Ele sugere que o preço possa variar entre R$ 30,00 a R$ 35,00 o saco. “A cadeia produtiva do arroz trabalha unida e com preços melhores poderemos ampliar e melhorar sempre o cultivo” esclarece Pelissa.

A doutora em fertilidade do solo da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Maria Luiza Perez Villar, explica que das 800 mil toneladas produzidas, 500 mil toneladas são vendidas no Estado e o consumo chega a 16 quilos de arroz por ano/per capita, tendo um superávit de 300 mil toneladas de arroz. “A intenção do trabalho desde o início foi diminuir a ociosidade das instalações das indústrias arrozeiras, melhorar a qualidade dos grãos produzidos e a produtividade da cultura com menor custo de produção, tornando a rizicultura mais competitiva, por meio de aprimoramento dos sistemas de produção com uso de inovações e capacitação dos produtores”, enfatiza Maria Luiza.

A pesquisadora da Empaer, Nara Regina Gervini Souza, apresentou durante o V Seminário da Cultura do Arroz em Terras Altas, o trabalho realizado com 670 agricultores familiares, numa área de 1.447 hectares com plantio de arroz. Segundo Nara, a região de Sinop possui um plantio de 1.107 hectares, considerado o maior plantio de arroz. O presidente da Empaer, Enock Alves dos Santos, salientou que o trabalho é uma parceria com o Sindicato das Indústrias de Arroz do Sul do Estado (Siar-Sul/Sindarroz), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Fundação de Amparo à Pesquisa de Mato Grosso (Papemat) produtores de sementes de arroz e outros.

A IV Reunião da Comissão Técnica do Arroz MT/RO, encerra nesta sexta-feira, às 15h30, no auditório da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt). 




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