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Domingo, 11 de setembro de 2011, 16h15

Ministro da Economia do Japão renuncia ao cargo após gafe sobre Fukushima


O ministro japonês da Economia, Yoshio Hachiro, pediu demissão ontem (10), após por ter chamado de "cidade fantasma" os arredores abandonados da central nuclear de Fukushima, que sofreu um grave acidente nuclear depois do tsunami registrado em março deste ano.
Nomeado há apenas uma semana pelo novo primeiro-ministro de centro-esquerda, Yoshihiko Noda, Yoshio Hachiro vinha sendo objeto de violentas críticas por parte da oposição conservadora pelas declarações formuladas durante visita à região de Fukushima.

A gafe ocorreu durante entrevista coletiva na sexta-feira (9). Ele se desculpou pela declaração após pedido do primeiro-ministro.

- Infelizmente, não há nenhuma alma viva nas ruas vizinhas à central. Isto nos faz pensar numa cidade fantasma.

Apesar do pedido de desculpas, as críticas continuaram com força, o que fez com que ele renunciasse. O primeiro-ministro já aceitou a demissão.

O episódio representa um golpe sério para o premier Noda, pouco depois de instalado no cargo, em substituição a Naoto Kan, criticado pela administração das consequências do tsunami de 11 de março, que deixou 20.000 mortos e desaparecidos, e o acidente nuclear de Fukushima.

Hachiro, da esquerda do PDJ (Partido Democrata do Japão), recebeu a tarefa de pilotar a recuperação de uma economia em recessão e de enfrentar os novos desafios da política energética do país, privado atualmente de 80% de sua geração nuclear.

A recessão da economia japonesa no segundo trimestre de 2011 foi mais severa que a estimativa inicial, poucos meses depois do terremoto e tsunami de 11 de março e em um contexto de desaceleração do crescimento mundial.

O PIB (Produto Interno Bruto, ou a soma de todas as riquezas do país) da terceira maior economia mundial registrou contração de 0,5% entre abril e junho na comparação com o trimestre anterior, contra 0,3% da primeira estimativa.

O retrocesso em ritmo anual foi de 2,1%, contra 1,3% calculado inicialmente. Foi o terceiro trimestre seguido de contração da economia japonesa, agravada, desta vez, por uma queda das exportações. O superávit em conta corrente do Japão também caiu 42,4% na comparação anual em julho, para 990 bilhões de ienes (9 bilhões de euros), sofrendo o reflexo do forte aumento das importações.

Além disso, as empresas acumulam problemas desde o tsunami que devastou a região de Tohoku (nordeste do arquipélago).

Segundo o Ministério das Finanças do país, as compras no estrangeiro subiram 13,6% devido à alta do petróleo e às necessidades crescentes do Japão de comprar combustível e gás para compensar o fechamento da maioria dos seus reatores após o acidente nuclear de Fukushima.

No entender do primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda, a reconstrução do Japão é a prioridade de seu governo, assim como resolver o acidente nuclear de Fukushima. 




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