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Segunda, 03 de outubro de 2011, 07h32

Brasil vai ser mostrado à Europa sem estereótipos, diz Ana de Hollanda sobre o Europalia


Por mais de 100 dias, a cultura brasileira estará na Bélgica, em Luxemburgo, na França, na Alemanha e na Holanda - serão 130 shows, 60 apresentações de dança e 40 de teatro, 20 exposições de artes visuais e 80 conferências literárias. É o 23º Europalia, o maior festival de cultura da Europa, que este ano homenageia o Brasil. A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, disse à Empresa Brasil de Comunicação (EBC) que a expectativa é que mais de 2 milhões de pessoas participem dos eventos.

O 23º Europalia será aberto amanhã (4) pela presidenta Dilma Rousseff em Bruxelas, na Bélgica. A ministra disse que a presidenta está “contente e fascinada” com a realização do festival. Segundo Ana de Hollanda, é a oportunidade de mostrar o Brasil “fora dos estereótipos” e na sua “diversidade étnica e cultural”. A seguir, os principais trechos da entrevista de Ana de Hollanda à EBC.

EBC – Como estão as expectativas em torno do 23º Europalia?
Ana de Hollanda - Com certeza, a expectativa é muito grande. É que agora eles [os europeus] decidiram escolher entre os homenageados os Brics [grupo formado pelo Brasil, a Rússia, Índia, China e África do Sul]. O Brasil é uma país que está superando a crise [econômica internacional] e as dificuldades. O europeu está olhando para o Brasil e quer conhecer esse país que tem toda uma diversidade étnica e cultural.

EBC – A senhora, então, percebe mudanças na forma como o europeu olha para o Brasil?
Ana de Hollanda – Sim, claro. O europeu está olhando para nós e pensando: 'que país é esse?' E os europeus estão pensando assim: 'vamos conhecer esse país'. A expectativa é que mais de 2 milhões de pessoas ou até mais participem da programação porque pega não só a Bélgica, mas vários países da Europa.

EBC – A presidenta Dilma está emocionada de abrir o maior festival da Europa?
Ana de Hollanda – A presidenta está muito contente e fascinada com o que vai ser apresentado aqui. Temos [uma programação com] pensadores e todas as linguagens. Os europeus estão agora com interesse de conhecer o brasileiro, quem é esse brasileiro e conhecer o nosso povo.

EBC – A programação é bastante ampla para este festival, não é?
Ana de Hollanda – A gente quis mostrar a imagem não estereotipada do Brasil. É gente que faz um trabalho excelente e que a Europa não conhece. São 1.500 obras que vêm desde o Aleijadinho, passando pela primeira missa no país. É um retrato do Brasil que nunca foi mostrado aqui, até os dias de hoje, com os contemporâneos.

EBC – Como foi a escolha para 130 shows, 60 apresentações de dança e 40 de teatro, 20 exposições de artes visuais e 80 conferências literárias?
Ana de Hollanda – Há muita gente boa, que nem sempre são os artistas mais famosos, a gente se preocupou em não ficar naquela mesmice. Quando a gente buscou artistas, quis trazer quem faz um trabalho excelente e que nem sempre a Europa conhece. [Porque há uma tendência em ver o Brasil com uma visão] estereotipada. E o Brasil é um país indecifrável

EBC – O Brasil teve de investir R$ 30 milhões, foi difícil?
Ana de Hollanda - Conseguimos com muito apoio e deu certo. Não foi fácil. Mas houve apoio do Ministério das Relações Exteriores, da Lei Rouanet [que institui políticas públicas para a cultura] e da iniciativa privada, além da reorganização do orçamento [do próprio ministério].


ABr 




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