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Esporte
Domingo, 01 de julho de 2018, 14h31

Sem o VAR, mesmas seleções teriam avançado na Copa 2018


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A aplicação do VAR na Copa do Mundo da Rússia 2018 não influenciou os resultados tanto quanto se poderia pensar a priori. De fato, se tirarmos todos os gols que foram alcançados com o uso desta ferramenta na primeira fase, eles teriam qualificado as mesmas 16 equipes que jogarão as oitavas de final a partir deste sábado (30). A única alteração ocorrida seria na ordem de classificação de algumas seleções. Nada mais. Este sistema permitiu quebrar o recorde de pênaltis em um Mundial.

A aplicação desta tecnologia não eludirá a controvérsia. Houve várias seleções que foram deixadas pelo uso que é feito dele. O Brasil foi o primeiro a apresentar uma queixa à FIFA após a partida contra a Suíça. Mais tarde, foi a Sérvia quem criticou duramente que o VAR não entrou para sancionar uma penalidade clara de Lichtsteiner em Mitrovic. O último a mostrar sua indignação foi Amrabat, depois que o árbitro marcou o gol de Iago Aspas contra o Marrocos.

"O VAR é uma merda", disse o jogador em campo. A reclamação foi constatada por meio de leitura labial.

O uso da tecnologia de vídeo na arbitragem elevou para 99,3% o sucesso nas decisões dos juízes durante a primeira fase da Copa do Mundo. Sem o uso de VAR, o percentual de decisões corretas teria permanecido em 95%. Isso foi reconhecido por Pierluigi Collina, chefe da comissão de arbitragem. "O sistema de assistência de vídeo não significa perfeição, ainda pode haver interpretações erradas", admitiu.

Nos 48 jogos da fase de grupos, o vídeo foi usado 17 vezes, em 14 dos quais a decisão inicial foi alterada. No total, houve 335 movimentos controversos que os árbitros assistentes de vídeo revisaram, de acordo com Collina. Mas a maioria era chamada de resenhas silenciosas, sem que o árbitro no campo tivesse que se preocupar.

O grupo que mais o utilizou foi o B, que contou com Espanha, Portugal, Marrocos e Irã. O Marca, da Espanha, preparou um resumo grupo a grupo e a Goal Brasil reproduz o trabalho do jornal.

GRUPO A

Seu uso dificilmente foi necessário. Foi usado no jogo entre Rússia e Egito para conceder uma penalidade em favor da equipe africana. Não influenciou a classificação final.

GRUPO B

O VAR foi liberado 4 vezes. No jogo entre Espanha e Marrocos, serviu para dar validade ao gol de Iago Aspas que significou o 2-2. O árbitro invalidou o gol de impedimento. No Irã x Portugal, o VAR exalava fumaça. Ele sancionou uma penalidade em favor de Portugal, que Cristiano Ronaldo errou, analisou uma possível agressão do jogador do Real Madrid, que ficou em amarelo, e finalmente concedeu uma penalidade decisiva para o 1-1 a favor do Irã. No jogo Irã-Espanha, foi o árbitro que cancelou o gol para a equipe asiática, que significaria um empate. O VAR não influenciou. Neste grupo, Portugal teria se classificado na primeira posição e a Espanha teria caído para o lado mais difícil da tabela.

GRUPO C

Em três jogos eles precisaram de ajuda tecnológica. No França x Austrália, o time francês conseguiu o primeiro gol de penalidade e o segundo graças ao VAR. A Dinamarca perdeu a vitória contra a Austrália por outra penalidade. No Peru x Dinamarca, uma penalidade máxima também foi apontada em favor da equipe peruana, inexplorada por Cuevas. O grupo teria terminado com a equipe dinamarquesa em primeiro lugar e a França como segunda.

GRUPO D

Nesse grupo não teria havido alteração. Foi decretada uma penalidade para a Islândia em seu confronto com a Nigéria, perdido por Gylfi Sigurdsson. Serviu também para descartar a penalidade máxima por possíveis mãos de Mascherano na partida entre Nigéria e Argentina.

GRUPO E

Houve apenas um movimento controverso revisado pelo VAR. No confronto entre a Suíça e a Costa Rica, um pênalti foi suspenso em favor da equipe da América Central pelo impedimento Bryan Ruiz. Também foi usado para descartar um pênalti em queda de Neymar no jogo Brasil-Costa Rica. Como mencionamos anteriormente, tanto o Brasil quanto a Sérvia reclamaram de movimentos que não foram reavaliados. Nenhuma alteração na classificação.

GRUPO F

Neste grupo muito complexo, a Suécia e o México teriam alterado suas posições sem a aplicação do VAR. Este sistema foi usado no México x Suécia para descartar a penalidade máxima pelas mãos de Chicharito. Os suecos se beneficiaram do confronto com a Coréia do Sul. Eles ganharam por 1-0 com a penalidade. Finalmente, no jogo entre Coreia do Sul e Alemanha, o primeiro gol da equipe asiática havia sido cancelado e a revisão do lance mostrou que o zagueiro coreano estava em posição legal. O México teria terminado em primeiro e a Suécia, empatada em dois pontos com a Coréia, mas com uma melhor diferença de gols. A Alemanha teria ficado por último também.

GRUPO G

Único grupo em que não teve que recorrer ao VAR. As quatro penalidades sancionadas não trouxeram dúvidas para os árbitros.

GRUPO H

O gol do colombiano Quintero contra o Japão foi confirmado pelo VAR. Mesmo assim, a equipe cafetera perdeu esse jogo por 2 a 1. O Senegal x Colômbia teve uma ação decisiva. O árbitro sérvio Mirolad Mazic apontou penalti na falta de Sanchez em Mané com 0 x 0 no placar. Depois de analisar a jogada na televisão, ele descobriu que o defensor colombiano havia tocado a bola primeiro e mudou sua decisão. Neste grupo não houve mudanças na classificação final.

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