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Saúde
Segunda, 19 de junho de 2017, 18h11

Hospital Santa Rosa promove simulação de atendimento a múltiplas vítimas


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O telefone toca na sala vermelha e altera significativamente a rotina da manhã de domingo no hospital de Cuiabá. Na rua que margeia a instituição, é o som das sirenes das ambulâncias que anunciam o ocorrido: uma caminhonete – dirigida por um motorista em provável estado de embriaguez – atingiu uma van que transportava turistas a caminho da Chapada dos Guimarães. São mais de 20 feridos e é preciso acionar o protocolo de atendimento com múltiplas vitimas.

 

Apesar de o relato reproduzir uma cena digna da vida real, o episódio fez parte da simulação do Plano de Atendimento a Desastres e Incidentes com Múltiplas Vítimas, também conhecido pela sigla PAD, realizado no último domingo (18.06), pelo Hospital Santa Rosa. O treinamento contou com a participação de uma equipe multidisciplinar, bem como com o apoio das ambulâncias da empresa QualyCare.

 

Mais de 60 profissionais passaram pelo treinamento durante o evento. "Simulamos uma história para que fosse criado um cenário de 'acidente' e, a partir dele, pudéssemos traçar o perfil das vítimas que seriam transportadas até o hospital – em que começaria a simulação por parte da instituição. O Santa Rosa possui um plano para múltiplas vítimas, que trata de situações catastróficas como esta – de vítimas em grande escala", explica o técnico de segurança do trabalho da instituição Christopher Espíndola.

 

Os exercícios simulados com a equipe do Santa Rosa obedecem um fluxo de trabalho. Ele começa pelo acionamento do hospital por parte de um telefonema em uma linha exclusiva para situações de emergência, passando pela equipe de enfermagem de plantão no Pronto Atendimento (P.A.). Na sequência é acionada a coordenação médica, que confirma a ocorrência e alerta a diretoria do hospital, bem como promove o acionamento imediato da equipe médica até a assessoria de imprensa da instituição.

 

 

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De acordo com Espíndola, a simulação do PAD irá preparar os diversos times de profissionais da instituição para compartilharem instalações e serviços – bem como oferecer uma resposta imediata aos reflexos do desastre junto à população. A simulação permite avaliar aspectos como, por exemplo, o tempo de resposta das várias equipes envolvidas – que pode ser classificado em três níveis com base nas recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

 

"Essa foi a primeira experiência que vivenciamos de fora do hospital para dentro. O nosso maior objetivo foi verificar se o hospital e as equipes estão preparadas para este tipo de evento. Inclusive, é importante que existam falhas para que possamos identificá-las e, com isso, corrigi-las desde já. Além de nos aprimorarmos, a cada simulado queremos ampliar a ação – quem sabe, no futuro, contar com o poder público por meio do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar", ressalta.

 

CATÁSTROFES – Segundo a OMS, catástrofes são aquelas situações em que as necessidades de atendimento excedem aos recursos disponíveis, exigindo medidas extraordinárias e coordenadas para manter o serviço básico às vítimas. Vale ressaltar que o ser humano também contribui para que elas aconteçam. Isto, por meio de acidentes com vans, ônibus, vários veículos, desabamentos, atentados terroristas, entre outros que possam produzir um grande número de vítimas.

 

Conforme o cardiologista Felipe Amorim Zarour, coordenador médico do P.A. do Santa Rosa, que também integrou a simulação do plano, os métodos para atendimento aplicados na ação seguem protocolos pré-existentes e exigem que os profissionais sejam dinâmicos, rápidos e assertivos – sempre atuando com segurança e comprometimento.

 

"O treinamento contou com todos os atributos que você iria esperar se a situação fosse real, o que torna a experiência muito válida e interessante – desde a ativação do PAD, passando pela triagem até a desativação do plano. Afinal, poderia ser um acidente real. Inclusive, é mais real do que a gente imagina que vai ser. É um tipo de situação que a gente nunca vai saber quando irá acontecer. Por isso, é necessário estarmos prontos para atuar com excelência no atendimento", ressalta.

 

GRANDES EVENTOS – Todo o trabalho foi acompanhado pela equipe gestora do Hospital Santa Rosa para posterior adequação de conduta e contou com voluntários que representaram o papel de vítimas, familiares, curiosos e jornalistas. Também participaram da ação cerca de 20 colaboradores e diversas ambulâncias da QualyCare – empresa especializada em serviços de home care (atendimento domiciliar), remoções, viagens e atendimento pré hospitalar (APH).

 

"Disponibilizamos uma equipe de plantão e outra que foi chamada voluntariamente – entre médicos, enfermeiros e condutores. A nossa ideia é de treinar os nossos colaboradores para ações como esta e avaliar como eles atuam junto às ambulâncias no dia-a-dia, bem como em grandes eventos. Essa simulação é enriquecedora para nós enquanto empresa de atendimento de urgência e emergência. Inclusive, para a busca pela acreditação ONA (Organizacional Nacional de Acreditação)", destaca a gerente assistencial da QualyCare, Claudia Manzini.

 




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