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Saúde
Terça, 08 de agosto de 2017, 15h22

Mães e gestantes participam de atividade sobre aleitamento materno


Foto: Davi C Valle
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Se pudesse falar, o pequeno Joaquim de apenas sete dias de vida provavelmente diria que o leite materno é simplesmente inigualável. Mas, apesar de restarem ainda dois anos à conjugação dos primeiros verbos, sua feição de deleite enquanto suga o leite do peito de sua mãe expressa a riqueza do tema da palestra ‘A Importância do Aleitamento Materno’, realizada na manhã desta segunda-feira (07), na Unidade de Saúde da Família (USF) do bairro Santa Isabel.

Recostado sobre seu peito, dona Edilenne Mara, numa troca de olhares com Joaquim, revela que a experiência da amamentação é sensacional. “Eu sei bem das vantagens do aleitamento materno, porque tenho uma tia que é enfermeira e que por diversas vezes me orientou sobre o assunto. Mas também sei que conhecimento nunca é demais. Por isso acho que ações como esta de hoje são fundamentais para as mães e mulheres gestantes que ainda não sabem das técnicas de amamentação”, analisou.

Mas isso não é problema para as enfermeiras Jerusa Bughi e Nely Alves de Castro Lima, que trabalham no banco de leite do Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM). Responsáveis pelas orientações a cerca de 40 mulheres que compareceram à palestra, elas explicaram todos os detalhes, desde a posição correta à mastite, que é a inflamação das mamas ocasionada geralmente pelo excesso de leite. “Neste caso, primeiramente é preciso fazer uma massagem com movimentos circulares em toda a mama e depois a ordenha. Além de evitar a mastite, você poderá ajudar a salvar uma vida”, explicaram.

Soila Marin de Souza já foi doadora de leite. Nas duas primeiras gestações, foi assim. Sempre que o peito estava cheio, realizava o procedimento de ordenha e doava ao banco de leite. “Mas com a Lavínia foi diferente. Uma semana após seu nascimento passei por forte estresse. Meu leite quase secou. Hoje tenho que complementar a mamada com leite em pó, pois só o meu leite não é suficiente. Ela perdeu peso e eu precisava fazer algo”.

A qualidade da produção de leite está relacionada à saúde emocional da mulher e a boa ingestão de líquidos, segundo Jerusa. “Também existem situações adversas, como aqueles casos de mulheres que têm o bico do peito plano, semi-plano ou invertido. Se o mamilo for bem trabalhado, é possível amamentar o bebê normalmente. A qualidade da mamada também depende da escolha do ambiente e uma boa posição. Vale até colocar uma música para relaxar. Essas coisas ajudam a fazer o leite descer e facilitam a sucção”, pontuou, ao destacar que o leite materno é o único alimento necessário ao bebê até os seis meses de idade.

Nely ressaltou a importância do banco de leite às mães que têm dificuldades para amamentar. “O banco é uma excelente saída para esses casos. Por isso, é importante esclarecer que aquele costume que era comum antigamente, da amamentação cruzada [mãe de peito], ele não é recomendado, porque o bebê corre o risco de contrair alguma doença. Para estas situações é que existem os bancos de leite”, destacou.

Agosto Dourado

A Lei 13.435/2017 instituiu o mês de agosto oficialmente como o período de intensificação das ações de conscientização e esclarecimento sobre a importância do ato de amamentar. Para isso, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) está promovendo, durante todo o mês de agosto, palestras, rodas de conversa e orientações à população nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Cuiabá.

Vantagens do aleitamento materno

promove uma interação profunda entre mãe e filho;
ajuda no desenvolvimento motor e emocional da criança;
faz o útero da mãe voltar mais rápido ao tamanho natural;
diminui o risco de hemorragia pós parto e, consequentemente, de anemia na mãe;
ajuda a mulher a voltar mais rapidamente ao peso que tinha antes da gestação e diminui o risco de câncer de mama e de ovário. 




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