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Saúde
Quarta, 13 de setembro de 2017, 19h24

Alunos são alertados sobre a proliferação do Aedes Aegypti nos períodos de seca


Combater o Aedes aegypti também nos períodos de seca para que não haja a proliferarão do mosquito. Esta foi a lição que os 298 alunos da Escola Municipal de Ensino Básico (EMEB) Clóvis Hugney, do residencial Altos do Parque, na Regional Sul, aprenderam por meio de palestras, folders e exposição do ciclo evolutivo do inseto, apresentada pelos técnicos da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

A ação, que faz parte das atividades semanais da Unidade de Vigilância em Zoonoses da Capital, esteve na escola na última terça-feira (12), nos turnos matutino e vespertino. O calor intenso da época funciona como berço para que o vetor 'bote os ovos'. Após isso, devido ao clima favorável, basta qualquer contato com água para que os ovos eclodam facilmente e continuem se proliferando e prejudicando a população com doenças como o Zika Vírus causadora da Microcefalia, Chikungunha, Dengue e a Febre Amarela.

O biólogo e Agente de Combate a Endemias (ACE), Hélio Simião, que vem coordenando a ação com o apoio das ACE, Joze Luiza Barbosa e Nelsa Maria de Oliveira, explicou que essas ações são fundamentais para desmistificar que só há incidência e reprodução do Aedes nos períodos chuvosos.

"As pessoas têm a falsa impressão de que na seca o Aedes não se reproduz. Na verdade, a fêmea do mosquito aproveita esse período quente para botar os ovos nos criadouros. Depois, basta qualquer água ou chuva para que eles iniciem o ciclo de evolução e nascimento. A percepção da infestação acontece mais nos períodos chuvosos mas, na verdade, eles se reproduzem o ano todo. Por isso, precisamos estar em alerta", enfatizou.

Outro fato importante destacado pela ACE, José Barbosa, é que a conscientização das crianças, ajuda a reduzir 80% dos criadouros do mosquito transmissor da doença que estão nas residências, acumulados em jarros, baldes, bacias, caixas d’água, utensílios para a alimentação de animais domésticos e outros depósitos, inclusive no lixo.

“Ensinamos as crianças que a população precisa ajudar o poder público, porque sozinhos não conseguimos realizar o controle do mosquito. Então eles aprendem que é preciso ficar atentos a objetos que podem acumular água porque é ali que ele se reproduz. Mas não somente as residências, as empresas privadas também precisam fazer sua parte. Se todos observarem seu espaço, podemos reduzir sua intensidade, porque a limpeza é determinante no controle do Aedes aegypti”, acrescentou.

Os relatos do estudante Kauã Almeida Leite de nove anos, dão conta de que a ação de combate da SMS ganhou novos adeptos. “Chegando em casa já vou virar umas garrafas que tem no meu quintal de cabeça para baixo. Também vou procurar as tampinhas e lixinhos que tem no quintal e vou jogar fora. Vou ensinar meus pais que o mosquito da dengue também nasce na seca e a gente tem que se cuidar para não ficar doente”, disse.

A coordenadora da unidade escolar, Luciana Silva, garante que o entusiasmo de Kauã também é comum aos demais alunos que estão se ‘sentindo agentes mirins’ e reforça, “por ser uma região carente, os alunos dificilmente recebem estes ensinamentos em casa. Foi nítido o interesse deles pelo assunto. Saíram todos eufóricos, e tudo o que eles apreendem aqui na escola levam para casa. Tenho certeza que a Secretária de Saúde conquistou diversos ajudantes nessa missão”, finalizou.

Nesta quarta-feira (13) as palestras continuam no EMEB Maria Irmã Beth, no bairro Novo Mato Grosso, na Regional Norte.  




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