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Saúde
Sexta, 05 de janeiro de 2018, 06h02

Janeiro roxo é o mês internacional de luta contra a hanseníase


Sempre celebrado no último domingo de janeiro, o Janeiro Roxo reforça o compromisso de controlar a hanseníase, promover o diagnóstico e o tratamento corretos, além de difundir informações e desfazer preconceitos que tanto prejudicam o diagnóstico preventivo da doença.

O tema da campanha nacional de 2018, escolhido pela Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH) é “Todos contra a Hanseníase”. A Secretaria de Estado de Saúde, por meio da equipe técnica da Superintendência de Atenção à Saúde e da Coordenadoria de Ações Programáticas Estratégicas (COAPRE), deverá criar uma agenda única com os municípios para divulgar as ações que ocorrerão em todo o Estado, para o enfrentamento da hanseníase.

Nas áreas técnicas que integram a Secretaria Adjunta de Políticas e Regionalização, serão intensificadas as discussões do tema nas ações programáticas e estratégicas da SES, em especial no Programa Saúde na Escola, Programa Bolsa Família, Programa Estadual Pró-Família, bem como no Telessaúde e a Escola de Saúde Pública.

Dados sobre a hanseníase em MT

O Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), do Ministério da Saúde, informa que Mato Grosso registrou as maiores taxas de detecção de hanseníase do país. No ano de 2015, a taxa de detecção de novos casos da doença foi de 93,00/100.000 habitantes, totalizando 3.037 casos novos.

No ano de 2016 foram detectados 2.658 casos novos, correspondendo a uma taxa de detecção de 80,4/100.000 habitantes. No período de 2009 a 2016, Mato Grosso registrou 1.334 casos em crianças menores de 15 anos, correspondendo a 6% do total de casos registrados.

Estes dados reforçam a presença de focos de infecção e transmissão recentes da doença. Devido ao longo período de incubação, a hanseníase é menos frequente em menores de 15 anos de idade. Contudo, em áreas de maior prevalência e no caso de detecção da doença em focos domiciliares, a incidência nesta faixa etária é esperada.

Quanto à distribuição da doença, existem regiões hiperendêmicas que apresentam elevadas taxas de detecção. No ano de 2016 observou-se que a maior taxa de detecção da hanseníase ocorreu na região Médio Araguaia, com taxa de detecção de 379,9/100.000 habitantes, seguida das regiões Vale do Peixoto, Alto Tapajós, Teles Pires, Norte, Vale do Arinos, Garças Araguaia e Baixo Araguaia.

“Se por um lado, os dados de elevada taxa de detecção indicam que ocorrem iniciativas importantes no campo da atenção à saúde para a elucidação diagnóstica, por outro lado, as regiões com menor detecção, considerando a alta endemicidade da hanseníase e fluxo migratório do Estado, sugerem a existência de fragilidades na APS quanto a estratégias ativas de detecção de novos casos”, informou Rejane de Fátima Conde Finotti, técnica do Programa Estadual de Controle da Hanseníase da SES/MT.

A equipe técnica da SES/MT alerta as secretarias municipais de Saúde quanto ao diagnóstico preventivo de pacientes com hanseníase. A porta de entrada para o SUS é a rede básica de saúde municipal, por isso a importância de as prefeituras redobrarem a atenção para o momento do diagnóstico. O registro da doença em grande parte dos municípios tem ocorrido de forma tardia, ressaltou Finotti.

Pela série histórica de Mato Grosso analisada, (2009-2016), a taxa de grau de incapacidade física tipo dois avaliada no momento do diagnóstico foi classificada como regular, de acordo com os dados apresentados. Esse quadro demonstra que o diagnóstico da doença no Estado ainda é tardio. Outro aspecto importante a considerar dentre os casos novos, é que ocorrem situações nos quais o exame neurológico do paciente não é realizado no momento oportuno, ou seja, no momento do diagnóstico, o que impossibilita a prevenção de outros danos, como o desenvolvimento de úlceras em regiões hipo e/ou anestésicas decorrentes de agressões físicas que passam despercebidas pelo paciente e as limitações funcionais que poderiam ser evitadas com o adequado acompanhamento fisioterápico do portador de hanseníase.

Quanto ao percentual de cura, no período analisado (2009-2016), considerou-se como regular (=75 a 89,9%) em todos os anos da série histórica. A proporção de abandono foi menor do que 10%, percentual considerado adequado, e registrou-se uma queda de 5% no ano de 2016 (1,1%) em relação a 2015 (6,1%).

A Secretaria de Estado de Saúde informa que os dados de pesquisa sobre a doença, relativos ao ano de 2017 ainda não foram concluídos e serão apresentados em 2018.

Sites que tratam sobre a hanseníase

Para facilitar o acesso da população às informações de como diagnosticar e tratar a hanseníase, vários sites tratam sobre a doença. O site oficial da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso tem como endereço eletrônico de acesso às informações sobre doenças crônicas, entre elas a hanseníase, o seguinte link: http://www.saude.mt.gov.br/cidadao/352/informacoes-de-saude.

Em Mato Grosso, a saúde realiza o serviço de orientação permanente aos profissionais da área médica, de enfermagem e agentes comunitários de saúde, por meio do núcleo Telessaúde MT. Neste site é possível acessar o Manual Informativo 01, que trata o tema hanseníase para os agentes comunitários de saúde. Profissionais da atenção primária cadastrados na Plataforma Telessaúde podem solicitar teleconsultorias para auxílio na elucidação diagnóstica de casos clínicos.

http://www.telessaude.mt.gov.br/Arquivo/Download/4201

Já o Ministério da Saúde mantém uma página atualizada sobre a hanseníase, contendo fluxos, protocolos clínicos, diretrizes terapêuticas, informações técnicas e publicações da área: http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/hanseniase

A Organização Mundial da Saúde orienta sobre a Estratégia global para hanseníase 2016-2020:

http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/setembro/06/Estrategia-Global-para-Hanseniase-OMS-2016-2020.pdf

E a Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH) disponibilizou o acesso às peças da campanha “Todos Contra a Hanseníase”:

http://www.sbhansenologia.org.br/campanha/janeiro-roxo

A SBH criou a Página de Facebook da campanha “Todos Contra a Hanseníase” – SBH - é uma página interativa contendo fotos e vídeos de casos clínicos e atividades desenvolvidas pela SBH com o lema da campanha:

https://www.facebook.com/todoscontraahanseniase/

Além de disponibilizar as ações desenvolvidas e os casos clínicos de hanseníase no seguinte endereço eletrônico: https://www.facebook.com/SBHansenologia/

A luta contra a hanseníase conta com o importante apoio da Associação Alemã de Assistência aos acometidos pela hanseníase e tuberculosos (DAHW – Deutsche Lepra – und Tuberkulosehilfe) – No Brasil a DAHW está presente no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Amazonas e Maranhão. Desde o ano de 2016, a FUNDHANS assumiu a gestão dos projetos da DAHW no Brasil:

http://www.fundhansdahw.org.br/

O blog da FUNDHANSDAHW contém informações preciosas sobre casos clínicos, direitos humanos, aspectos históricos e informações específicas de psicologia e odontologia, entre outros assuntos de interesse:

http://www.fundhansdahw.org.br/conteudo/

Outro importante apoiador é o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (MORHAN), que tem como missão “possibilitar que a hanseníase seja compreendida na sociedade como uma doença normal, com tratamento e cura, eliminando assim o preconceito e estigma em torno da doença”. O site possibilita uma viagem na linha do tempo para conhecer a história de sofrimento e superação de Francisco Nunes, o Bacurau, ícone de resistência e luta pelos direitos das pessoas com hanseníase: http://www.morhan.org.br/

A ONG disponibiliza ainda o serviço de Telehansen: desenvolvido pela MORHAN, é um canal voltado ao esclarecimento de dúvidas sobre a hanseníase: Ligue 0800 026 2001.




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