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Saúde
Sexta, 11 de maio de 2018, 10h40

Criança com sindrome de down trata hernia com 'folha da beira do rio' e sofre com fimose


Alberto Romeu
Redação

Ryan Pereira da Silva, 10 anos, portador de sindrome de down está desde o ano passado aguardando atendimento médico pela secretaria municipal de Saúde de Cuiabá. Ele tem atendimento no posto de saúde do bairro Pedra 90 e tem aconhamento pelo Conselho Tutelar do mesmo bairro.

Conforme a mãe Maria Alves da Silva informou ao PlantãoNews, em exames foi constatada hernia de disco e o tratamento vem sendo feito com "uma folha de uma árvore de beira de rio" - que no momento ela não soube nos precisar, "e que está melhorando".

Ryan falta de procedimentos médicos provocam transtornos emocionais


Informa ainda que a criança está passando por problemas emocionais pois não consegue urinar devido a fimose o que provoca muita dor. A consequência é irritação e nervosismo. 

A mãe disse que em uma última consulta a médica psiquiatra Karine Siqueira Quadros forneceu uma receita controlada para a compra de Resperidon, usado para tratar das chamadas psicoses (por exemplo, esquizofrenia), confusão, alucinações, distúrbios da percepção, que tem o objetivo de melhorar a ansiedade, a tensão e o estado mental alterado por estes transtornos.

O PlantãoNews repassou as informações para o Conselho Tutelar do bairro Pedra 90 e também para a Secretaria de Saúde do município de Cuiabá e está aguardando informações.

 

Informações complementares

A hérnia na região da virilha, conhecida pelos médicos como hérnia inguinal, é o deslocamento de uma parte do intestino por um espaço na parede abdominal até chegar na região da virilha. Essa condição causa um inchaço (ou abaulamento) na região inguinal e nos meninos pode descer até o escroto.

Essa hérnia inguinal, chamada também de indireta, é mais frequente em crianças e adultos jovens, e origina-se de um defeito de nascimento em que o canal inguinal não se fechou como deveria, e é através deste canal que ocorre a herniação das alças intestinais.

Sintomas da Hérnia Inguinal
Esse inchaço na virilha pode se acompanhar de desconforto ou dor, ou ainda de náuseas e até vômitos. Nesses casos, procure um médico para verificar se não é o caso de uma hérnia inguinal.

Possíveis complicações
O inchaço percebido na virilha, nada mais é que o intestino que se deslocou da barriga para dentro da hérnia. Se o intestino fica preso ali, ocorre o que chamamos de “estrangulamento”. Isso é uma urgência e a criança deve ser levada a um pronto-socorro. Ali, o médico tem duas opções: tentar colocar para dentro ou, se não for possível, operar imediatamente pois há o risco de perfurar o intestino.

Tratamento
O tratamento da hérnia inguinal é sempre cirúrgico. Acomete de 1 a 4% das crianças, principalmente no primeiro ano de vida, sendo mais frequentes nos meninos. Em 10% dos casos são bilaterais.

A cirurgia pode ser feita por incisão ou videocirurgia, o médico irá avaliar qual a melhor maneira de tratar o caso. Quando é realizada logo após diagnóstico evita-se as situações de urgência, como o estrangulamento. A recuperação é rápida, praticamente sem repouso, e o procedimento não influencia no funcionamento de outros órgãos, os riscos são os mesmo de qualquer procedimento cirúrgico e dos efeitos da anestesia.

A Fimose é a dificuldade ou até impossibilidade de expor a glande, ou cabeça do pênis, porque o prepúcio (prega de pele que envolve a glande) estreita a passagem.

Nos primeiros meses de vida, existe uma aderência natural do prepúcio à glande. Porém, até os três anos, essa aderência desaparece na grande maioria dos meninos.

Causas

As principais causas da fimose são assaduras e cicatrizes que retraem a pele, deixando o anel do prepúcio mais estreito. Falta de higiene peniana adequada pode ser responsável pela incidência de inflamações ou infecções que estreitam a abertura do prepúcio.

Prevenção

Higiene local é a melhor maneira de prevenir a fimose e evitar as postites (infecção ou inflamação do prepúcio).

Exercícios ou massagens para arregaçar o prepúcio devem ser evitados, pois além de causar dor, podem provocar sangramentos e, como consequência, a formação de cicatrizes que reduzem o orifício por onde deveria passar a glande.

Tratamento

Não ocorrendo naturalmente o descolamento do prepúcio na primeira infância, o tratamento da fimose é cirúrgico e visa a facilitar a higiene do pênis, diminuir o risco de bálano-postites (infecções do prepúcio e da glande), corrigir a parafimose (estrangulamento da glande pelo prepúcio) e permitir relações sexuais mais confortáveis na vida adulta.

O procedimento cirúrgico (postectomia ou circuncisão) consiste na retirada do prepúcio. O ideal é que ele seja realizado entre 7 e 10 anos. A criança sai no mesmo dia do hospital e, em cerca de 4 dias, pode retomar as atividades normais. Os exercícios físicos, porém, devem ser evitados durante três semanas aproximadamente.

Recomendações

* Não force a pele da glande, nem faça massagens para aumentar a abertura do prepúcio. Isso pode provocar microtraumatismos e, posteriormente, cicatrizes que reduzem o diâmetro do anel prepucial;

* Procure realizar a higiene do pênis com atenção e cuidado;

* Trate as assaduras que por ventura ocorram na glande e no prepúcio para evitar infecções e cicatrizes;

* Leve seu filho ao médico, ao primeiro sinal de inflamação ou infecção na cabeça do pênis e/ou na pele que a recobre;

* Não adie a realização da cirurgia de fimose. Aceite-a com naturalidade e procure tranquilizar seu filho caso ela lhe seja indicada.

 




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