Doação de sangue será tema de Audiência Pública na Câmara de Cuiabá

Para levar mais esclarecimento à população sobre doação de sangue, a Câmara Municipal de Cuiabá vai realizar nesta sexta-feira (29.06) uma Audiência Pública sobre o tema “Dia da Doação de Sangue”, requerida pelo vereador Marcos Veloso. Conforme o autor da proposta, o objetivo é destacar a importância do ato de doar sangue.

A audiência pública será no plenário da Câmara de Vereadores, a partir das 9h e é aberta à sociedade em geral. A direção do MT Hemocentro deverá participar compondo a mesa e debatendo o tema com os convidados e parlamentares.

De acordo com a gerente de doação de sangue do MT Hemocentro, Gian Carla, o banco de sangue público depende exclusivamente de doação voluntária para manter o estoque de bolsas de sangue que abastecem os hospitais públicos e prontos-socorros de Cuiabá e Várzea Grande, beneficiando os pacientes atendidos pelo SUS (Sistema Único de Saúde) que estão internados.

O MT Hemocentro atende ainda os pacientes em tratamento continuo e que não estão internados, mas que dependem de transfusão de sangue para continuar vivendo; são pacientes com doenças do sangue, tais como hepatite, hemofilia, anemia falciforme, leucemia, doença de Von Willebrand, doença de Guacher, talassemias, entre outras doenças que dependem de doação de plaquetas do sangue, por exemplo.

“A doação de sangue é voluntária, anônima, altruísta, não remunerada e o sangue é repassado de forma gratuita aos hospitais públicos e aos Prontos Socorros”, salientou a gerente de doação de sangue.

O banco de sangue público realiza o cadastramento de doadores de medula óssea, disponibilizando todas as condições técnicas e segurança às pessoas que desejam ser doadoras voluntárias de sangue e às pessoas que têm a intenção de fazer o seu cadastro para ser doadoras.

O transplante de medula óssea é indicado para as pessoas que têm doenças que comprometem a produção de sangue pela medula, como a leucemia, hemoglobinopatias, em crianças com doenças genéticas ou nos casos de aplasia de medula. Vários Centros de Saúde no Brasil estão devidamente aparelhados e qualificados para tal propósito. As pessoas que necessitam ser submetidas ao transplante de medula óssea devem fazer os seus cadastros no Rereme (Registro de Receptores de Medula Óssea).

Todos esses serviços são prestados pelo SUS (Sistema Único de Saúde), ou seja, são 100% públicos.

De acordo com informação da Gerência de Doação de Sangue, a média mensal de coleta de doação é de 1.370 bolsas de sangue, sendo que o ideal era coletar pelo menos 1.500 bolsas por mês. No período de 1º de janeiro a 31 de maio, o MT Hemocentro recebeu e cadastrou 9.438 doadores, desse total foram efetivadas 6.853 doações.

A diretora do MT Hemocentro, Silvana Salomão, explicou que nem todos que se dispõem a ser um doador de sangue, de fato concretizam esse desejo, pois o processo de análise de laboratório para atestar a qualidade do sangue coletado é muito rigoroso para assegurar a saúde de quem receberá a transfusão do sangue que foi doado.

“O doador precisa estar bem de saúde e ter hábitos saudáveis de vida, além de preencher outros critérios técnicos como idade e peso, entre outros critérios”, exemplificou Silvana Salomão.

Para a diretora do MT Hemocentro, eventos públicos como a audiência, contribuem para fomentar a ideia da qualidade de vida para quem quer ser doador e para quem precisa da doação do sangue e ou de seus derivados, bem como ajuda a sensibilizar para a importância de ser um doador fidelizado, que é aquele que regularmente comparece ao banco de sangue para fazer a doação.

“Qualquer um de nós, indistintamente e independentemente de classe social, pode vir a precisar de transfusão de sangue, esse é um serviço importante e que salva vidas dentro do rol de serviços realizados pelo SUS, que é um modelo de assistência à saúde pública amplo e universal”, concluiu Salomão.