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Saúde
Terça, 28 de agosto de 2018, 16h54

Pneumologista aponta benefícios ao largar do cigarro


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No dia 29 de agosto é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Fumo. A data tem como objetivo conscientizar tanto os fumantes quanto aqueles que convivem com pessoas que fumam. Estudos do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontam que o Brasil tem prejuízo anual de R$ 56,9 bilhões com o tabagismo. Desse total, R$ 39,4 bilhões são gastos com despesas médicas e R$ 17,5 bilhões com custos indiretos ligados à perda de produtividade, causada por incapacitação de trabalhadores ou morte prematura.

Segundo o pneumologista da Clínica Vida Diagnóstico e Saúde , Clovis Botelho, este é um bom momento para lembrar que o tabagismo é a maior causa evitável de doenças no mundo moderno, apenas um cigarro contém mais de 4.700 substâncias tóxicas, sendo 60 delas cancerígenas.

"São inúmeras doenças as quais os fumantes estão expostos, as mais comentadas são os diversos tipos de câncer, enfisema (DPOC), doenças cardiovasculares e diabetes. Vale ressaltar os fumantes conhecem todos esses fatos, mas mesmo assim não largam o vício e vivem com medo de adoecerem", aponta.

É o caso da dona de casa, Janete de Oliveira Silva, que aos 56 anos de idade e mesmo sabendo dos riscos não consegue abandonar o vício. "Sou fumante desde os 13 anos de idade, mesmo sabendo das doenças não consigo largar o cigarro, tenho vontade, mas ainda não consegui, é um risco que todo fumante assume", revela.

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil existem cerca de 21 milhões de fumantes e a Organização Mundial de Saúde (OMS) revela que outras 14,5 milhões de pessoas mesmo sem fumar estão expostas aos riscos trazidos pelo cigarro. Esses são os chamados fumantes passivos que inalam a fumaça emitida pelo fumante só por estar próximo, já que apenas uma parte da fumaça é tragada pelo fumante.

O pneumologista fala sobre as vantagens de parar com o consumo do cigarro e revela que os fumantes costumam procurar ajuda médica apenas para saber se estão doentes, sem a intenção de parar com o vício.

"Em primeiro lugar, disparado, é a vantagem de não sentir mais medo de adoecer, independente da doença em questão. O medo caminha passo a passo com a maioria dos fumantes que eu conheço. Muitos vão ao médico, não para pedir ajuda na cessação do tabagismo, e sim para verificar se não está doente. Caso esteja tudo bem, eles voltam fumando tudo que têm direito é a chamada ambivalência da dependência química", explica.

Ainda de acordo com Clovis Botelho, outra grande vantagem em parar com o cigarro e que a literatura médica não valoriza muito, é a sensação do prazer de sentir e diferenciar os cheiros do nosso dia a dia.

"A começar pelos alimentos, tudo se torna mais agradável, a sensação do olfato melhora o gosto das coisas que comemos. Aquela fruta madura que antes não o despertava para nada, que o fumante a via como um simples alimento, agora tem um gosto extremamente saboroso. Outros odores, antes desprezados, passam a interessar-lhe", pontua.

O pneumologista cita ainda a melhora na qualidade de vida e na disposição para praticar exercícios físicos ou atividades recreativas. "E finalmente uma boa vantagem econômica, pois o tabagismo é um vício caro e é um dinheiro queimado que pode ser direcionado para outras coisas", finaliza Botelho.

 




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