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Centenas de médicos que cuja função nas empresas investigadas é apenas de prestador de serviço estão sendo prejudicados pela falta de pagamento e pela incerteza da continuidade dos serviços.
Em ofícios encaminhados aos secretários estadual e municipal de Saúde o Conselho Regional de Medicina do Estado de Mato Grosso (CRM-MT) externa sua preocupação com os atendimentos médicos nas unidades de saúde cujos serviços eram/estão terceirizados para as empresas alvos da operação "Sangria", que apura irregularidade em licitações e contratos firmados pelo município de Cuiabá e o Governo Estadual.
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"O CRM-MT, instituição que zela pela ética no exercício da profissão, repudia qualquer tipo de conchave que tenha por finalidade desviar os já tão parcos recursos da saúde", declarou, em ofício, a presidente da autarquia, Dra. Hildenete Monteiro Fortes.
Centenas de médicos que cuja função nas empresas investigadas é apenas de prestador de serviço estão sendo prejudicados pela falta de pagamento e pela incerteza da continuidade dos serviços. Os profissionais relatam que estão com atraso salarial de até seis meses. "Não se ignora a situação financeira do Estado, mas pedimos atenção especial para a situação dos profissionais médicos prejudicados pelos reflexos da operação", diz trecho do ofício.
Os atendimentos foram prejudicados nas principais unidades de saúde do Estado como o Hospital São Benedito, Hospital Metropolitano e SAMU.
No documento, o CRM–MT solicita a prioridade da Secretaria de Estado de Saúde, nos primeiros dias de gestão, para a regularização dos pagamentos dos médicos, evitando o risco iminente de paralisação geral do atendimento médico em estabelecimentos que são essenciais na organização da saúde a nível estadual.
Confira o ofíco aqui
Diante da operação Sangria, realizada pela Delegacia de Crimes Fazendários (Defaz), que envolveu os médicos Huark Douglas Correia da Costa (ex-secretário de Saúde de Cuiabá), Fábio Liberali Weissheimer, clínico-geral, Jorge Araújo Lafetá (secretário de Saúde na gestão do ex-governador Silval Barbosa) e ainda Luciano Corrêa e Marcus Antônio Godoy, o Conselho Regional de Medicina havia instaurado uma sindicância administrativa contra os mesmos.
O órgão promete rigor na apuração das condutas dos profissionais que tenham infringido as normas do Código de Ética Médica.
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