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Saúde
Quarta, 13 de fevereiro de 2019, 15h31

OMS recomenda vacina para viajantes internacionais que visitem áreas de risco no Brasil


A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou a vacinação contra febre amarela aos viajantes internacionais que se deslocarem às áreas do Brasil onde circula o vírus causador da doença. A decisão foi publicada no Disease Outbreak News, comunicado que busca informar os países sobre surtos que estão ocorrendo em várias localidades do mundo.

Segundo o informe, os casos em humanos notificados de julho de 2018 a janeiro de 2019 em nove municípios do estado de São Paulo, bem como a confirmação de casos em humanos e epizootias (mortes de macacos) por febre amarela no estado do Paraná, marcam o início do que poderia ser uma terceira onda e uma progressão do surto em direção às regiões Sudeste e Sul do país.

Embora seja cedo para determinar se este ano terá os altos números de casos em humanos observados nos dois últimos grandes picos sazonais, há indicações de que a transmissão do vírus continua a se propagar em direção ao sul e em áreas com baixa cobertura vacinal.

De dezembro de 2018 a janeiro de 2019, houve 36 casos confirmados em humanos, incluindo oito mortes, em 11 municípios brasileiros. Desses, nove estão no estado de São Paulo: El Dorado (16 casos), Iporanga (7), Cananeia (3), Cajati (2), Jacupiranga (1), Pariquera-Açu (1), Sete Barras (1), Vargem (1) e Serra Negra (1). Os outros dois pertencem ao Paraná (um em Antonina e dois em Adrianópolis), estado que desde 2015 não tinha casos confirmados de febre amarela e faz fronteira com Argentina e Paraguai.

A vacina deve ser administrada ao menos 10 dias antes da viagem em pessoas que visitam os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Tocantins, Santa Catarina e São Paulo. É também fundamental que os viajantes levem consigo os certificados internacionais de vacinação.

A identificação de novas áreas consideradas de risco de transmissão da febre amarela é um processo contínuo, que a OMS monitora e atualiza regularmente.

Tanto o estado de São Paulo quanto o do Paraná anunciaram na semana passada medidas para reforçar a vacinação e proteger suas populações.

Preparação para resposta nas Américas
No mês passado, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), escritório regional da OMS para as Américas, já havia convocado os países a continuarem os esforços para imunizar as populações em risco e manterem os viajantes internacionais orientados sobre a importância de se vacinarem contra a febre amarela ao menos 10 dias antes de se deslocarem para áreas onde o vírus causador da doença circula.

Em dezembro de 2018, as equipes técnicas dos municípios da tríplice fronteira entre Argentina, Brasil e Paraguai se reuniram em Foz do Iguaçu, para iniciar o desenvolvimento de planos de contingência para surtos de febre amarela que pudessem ocorrer naquela zona. Os especialistas avaliaram o risco da doença na região, as necessidades de vigilância e resposta na área e identificaram ações técnicas a serem realizadas a curto e médio prazo.

Antes, em novembro do ano passado, as autoridades de saúde dos 13 países endêmicos da Região das Américas se reuniram em Lima, Peru, para avaliar o risco em cada país, bem como analisar as populações que deveriam ser vacinadas com base nesse risco. Os especialistas também abordaram o uso de doses fracionadas da vacina em resposta a surtos de febre amarela, diante de quantidades limitadas de vacinas e em grandes cidades.

Prevenção
A medida mais importante para prevenir a febre amarela é a imunização. Quem vive ou se desloca para as áreas de risco deve estar com as vacinas em dia e se proteger de picadas de mosquitos. Apenas uma dose da vacina é suficiente para garantir imunidade e proteção ao longo da vida. Efeitos secundários graves são extremamente raros.

Pessoas com contraindicações para a vacina contra a febre amarela (crianças abaixo de nove meses, mulheres grávidas ou amamentando, pessoas com hipersensibilidade grave à proteína do ovo e imunodeficiência grave) ou com mais de 60 anos devem consultar seu profissional de saúde para avaliação cuidadosa de risco-benefício. 




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