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Saúde
Terça, 26 de fevereiro de 2019, 03h35

Vai pular Carnaval? Lembre-se de manter a vacinação em dia


Curtir o carnaval requer muita energia e disposição. Mas, para aproveitar tudo que a festa oferece é preciso estar atento à saúde. O cuidado deve ser redobrado em áreas de muita concentração de pessoas, por facilitar a transmissão de doenças transmissíveis. Esse ano, o Ministério da Saúde faz um alerta especial para o sarampo, doença altamente contagiosa e que pode matar. Isso porque, além da volta da circulação do vírus no país, esse é um período atrativo para turistas estrangeiros de áreas com alta transmissão da doença. A vacina contra o sarampo é a maneira mais eficaz de evitar a doença.

O carnaval brasileiro é famoso por receber pessoas do mundo todo, inclusive de países com alta taxa de transmissão de sarampo. É o caso dos países da Europa que, em 2018, registraram 82.596 casos de sarampo em 47 dos 53 países do continente, segundo dados da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS). O número total de pessoas infectadas na Europa com o vírus em 2018 foi o mais alto desta década: 3 vezes o total notificado em 2017 e 15 vezes o número recorde de pessoas afetadas em 2016. O sarampo ainda matou 72 crianças e adultos no continente em 2018.

Recentemente, a doença foi registrada em um navio que percorre a costa brasileira nesta temporada. Para os que estavam no navio MSC Seaview, a orientação do Ministério da Saúde é que, ao apresentar sinais e sintomas, como febre, manchas no corpo, coriza, tosse e conjuntivite, característicos do sarampo, procurem imediatamente a unidade de saúde mais próxima. É importante que os passageiros informem ao profissional de saúde que estiveram no navio. Até o dia 21 de fevereiro, foram notificados 23 casos em tripulantes da embarcação, sendo 13 confirmados laboratorialmente, confirmando o surto da doença entre os tripulantes do navio.

A medida mais eficaz de evitar a doença é por meio da vacina. Uma medida simples que salva vidas e não custa nada porque é ofertada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o país. O esquema vacinal para as crianças contempla a primeira dose da tríplice viral aos 12 e uma dose da tetra viral (sarampo, rubéola e varicela) aos 15 meses. A tetra viral pode ser dada em crianças até 4 anos de idade. De 5 a 29 anos, são recomendadas duas doses da tríplice viral e para os adultos de 30 a 49 anos, é indicada uma dose dessa vacina.

CASOS DE SARAMPO EM NAVIO
Considerando que o primeiro caso identificado no navio iniciou os sintomas em 09 de fevereiro de 2019, e o período de transmissibilidade da doença começa em até seis dias antes do início de manchas no corpo, pode ter tido circulação do vírus do sarampo a bordo desde o dia 03 de fevereiro de 2019. Com a alta transmissibilidade da doença todos os passageiros embarcados a partir desta data podem ter sido expostos ao vírus.

Como medida de prevenção e controle, no dia 18/02 a Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES-SC), juntamente com a Regional de Saúde de Itajaí e município de Balneário Camboriú, realizaram a vacinação contra sarampo em 1.113 tripulantes não vacinados ou sem comprovante vacinal. No dia 20/02, as Secretarias de Saúde de São Paulo e Santos realizaram um dos maiores bloqueios vacinais do país. Em 12 horas, 110 profissionais de saúde vacinaram 9.400 passageiros que embarcaram e desembarcaram do navio no porto de Santos.

Outra ação de vacinação no navio foi realizada neste sábado (23) no porto de Santos (SP). Os cerca de 5 mil passageiros que embarcaram no navio tiveram sua situação vacinaç avaliada e atualizada para o sarampo. É importante que os passageiros levam a Caderneta de Vacinação que deverá ser apresentada no momento dessa vacinação.

SOBRE A DOENÇA
O sarampo é um vírus altamente contagioso e a infecção causada por ele pode ter sérias consequências para a saúde, sobretudo das crianças, podendo levar à morte.

Por outro lado, a vacina contra o sarampo é altamente eficaz e tem salvado muitas vidas, ao longo dos anos. As diferentes estratégias de vacinação realizadas no Brasil e demais países das Américas foram determinantes para a eliminação dessa doença na região e, em 2016, a América recebeu o certificado de eliminação do vírus do seu território.

Contudo, algumas as pessoas relaxam no cuidado e não buscam o posto de vacinação para serem vacinadas e ficarem devidamente protegidas contra essa doença. Como resultado, podem adoecer e até morrer pela doença, o que seria evitado pela vacinação.

 




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