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Saúde
Segunda, 04 de abril de 2011, 07h59

Henry conhece sistema de saúde de Imbiribeira (PE)


Em Recife, cidade com 1,5 milhão de habitantes, o secretário de Saúde de Mato Grosso, Pedro Henry, iniciou a visita pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Maria Esther Souto Carvalho, construída pelo Estado no bairro Imbiribeira, e que no último dia 26 de março completou um ano de funcionamento. Desde sua inauguração, a UPA está sob a administração do Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde (Ipas), que foi o responsável pela contratação de funcionários e pela implantação do sistema de informática que tornou a unidade a primeira do País a não utilizar papel em sua rotina: tudo é por meio eletrônico, o que torna mais rápido o atendimento.

Funcionando durante 24 horas, a UPA atende por mês 15 mil pessoas (média de 500 por dia) e conta com 199 funcionários incluindo 56 médicos. A cada plantão de 12 horas, o corpo clínico conta com oito médicos (dois ortopedistas, dois pediatras e quatro clínicos). A UPA faz atendimentos de emergência, tem clínica médica, pediátrica e ortopédica e também faz exames de laboratório e de diagnóstico por imagens. Por mês, o Estado repassa para a UPA cerca de R$ 900 mil para bancar os custos.

O atendimento do usuário é feito conforme o estado de saúde do paciente (pela gravidade do caso) e não por ordem de chegada. Ao chegar à unidade, o paciente tira uma senha e, em seguida, é atendido pelo setor de análise de risco. Ali, dependendo de sua situação, do grau de complexidade, ele é encaminhado para o especialista e a chamada (visível num monitor) será feita de acordo com a prioridade definida pelo sistema. Pulseiras, com cinco cores diferentes, são colocadas nos pulsos dos usuários: a vermelha refere-se a casos mais graves, que exige atendimento imediato; a laranja, é caso muito urgente; a amarela, urgente; a verde, pouco urgente; e, a azul, o usuário pode aguardar. Após essa classificação, o usuário faz seu cadastro com dados pessoais e recebe uma carteira com código de barras e que servirá para identificar seu prontuário eletrônico toda vez que buscar atendimento.

Idealizado pelo Governo Federal, a função da UPA é fazer o primeiro atendimento, desafogando, assim as grandes emergências nos hospitais públicos. Após o atendimento e da estabilização do paciente, caso seja necessário, ele pode ser encaminhado para um hospital ou para uma unidade ambulatorial.

Três semanas depois de ter voltado da Holanda (onde viveu nos últimos 16 anos), Benedita Caldas, 57 anos, procurou a UPA para fazer inalação. Ela elogiou o grau de informatização da unidade e a rapidez no atendimento, além da atenção que recebeu dos profissionais. “Na Holanda, o tratamento era mais `frio´, aqui, ao saberem que eu tenho tendência a diabetes, fizeram um exame para ver o nível de glicose”, salientou.

Outro paciente atendido foi o maitre de restaurante Pedro Silva de Araújo, 30 anos. Com dor de garganta, ele foi para uma policlínica e depois de ter ficado por duas horas na fila à espera de atendimento, ouviu do funcionário que não seria atendido porque não havia médico clínico otorrino. Chateado, saiu dali e foi direto para a UPA Imbiribeira. Com a senha de número 52 na mão, depois de meia hora ele foi chamado para ser atendido por um médico.

A coordenadora geral da UPA, Cristiana Melo, enfatizou que o foco principal é a qualidade. “Temos uma metodologia de gestão e seguimos protocolos, de modo que tudo é feito com grande segurança”, explicou. Para o coordenador médico da UPA, Honório Justino, o resultado obtido até agora está acima das expectativas. “O Ipas conseguiu responder a expectativa do contrato e ainda inovar tecnologicamente. A resolutividade é muito grande. Todos os processos têm um controle sistêmico e de qualidade, para todos os procedimentos existe um protocolo. É a melhor experiência do ponto de vista de custo e de qualidade de atendimento”, argumentou.

O grupo visitou também o Hospital Dom Helder, gerenciado pelo Instituto Materno Infantil Pernambuco (Imip). Especializado em cardiologia, ortopedia e clínica médica, o Dom Helder entrou em funcionamento há oito meses e está localizado no município vizinho Cabo de São Agostinho, praticamente na divisa de Recife. O Dom Helder, que recebe um repasse mensal do Estado de R$ 3,7 milhões, faz parte da estratégia do governador Eduardo Campos, de ter um hospital em cada entrada da cidade para o atendimento da população.

Contando com 818 servidores (incluindo 172 médicos), o hospital realiza por mês 700 internações e conta com 112 leitos na enfermaria e 28 na UTI, além de possuir 19 leitos para observação. Como destaque neste modelo de gerenciamento, a diretora-superintendente, Maria Célia Costa, destacou a flexibilidade na hora de tomar decisões e que incluem as contratações ou demissões de funcionários. “É dessa forma que a saúde vai melhorar”, afirmou.

No Hospital Memorial Guararapes (localizado em Jaboatão dos Guararapes), um hospital filantrópico, a gestão é compartilhada entre o Ipas e o Instituto Alcides D´Andrade Lima, que firmaram um convênio. O hospital tem 117 leitos e mais 50 UTIs (20 adultos e 30 neonatais) e faz atendimentos de pediatria, ortopedia, clínica médica e clínica cirúrgica. Uma nova ala será inaugurada com 23 leitos para pacientes crônicos da UTI e que precisam do atendimento home car. “Este modelo traz agilidade nas decisões e permite a implantação de sistemas que não seriam possíveis em outras situações”, destaca a gestora Juliana Garahy Regos.




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