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Saúde
Quinta, 02 de junho de 2011, 09h11

Ministério da Saúde capacita profissionais para diagnóstico precoce de dengue


O diagnóstico precoce e o manejo adequado do paciente com dengue serão os focos de dois cursos de capacitação do Ministério da Saúde destinados a médicos e enfermeiros vinculados às operadoras de planos de saúde ou aos hospitais da rede credenciada. Para o Ministério, o principal objetivo da ação é evitar o agravamento do quadro clínico do paciente que procura os serviços de diagnóstico e tratamento da rede particular e, consequentemente, prevenir óbitos pela doença.

A capacitação terá duração de um dia, sendo que o primeiro curso será ministrado em 2 de junho, no Rio de Janeiro, e o segundo no dia 9, em São Paulo, entre 9h e 18h. Ao todo, serão 120 vagas destinadas aos profissionais de saúde – 60 em cada capital. Além do Rio e São Paulo, o curso será realizado também em Belo Horizonte, em data a ser definida. Dependendo da adesão ao curso, o Ministério da Saúde avaliará a realização de mais edições da capacitação, uma vez que o Brasil conta com 1.400 operadoras de planos de saúde, sendo aproximadamente 550 localizadas nas capitais fluminense e paulista.

Durante o curso, os participantes serão orientados a proceder de forma adequada diante de um caso suspeito, com base na classificação de risco da doença e assistência ao paciente, de acordo com as recomendações do Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD).

Por exemplo, nos casos em que o paciente não apresenta sinais de gravidade, os cuidados são básicos e incluem a imediata hidratação oral, repouso e uso de analgésicos e antitérmicos. Quando adotadas oportunamente, medidas como essas podem evitar que o quadro do paciente se agrave e reduzir o risco de óbito.

Nos casos em que o paciente apresenta sinais de agravamento, como dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes ou desmaios, as recomendações variam desde manter o paciente em observação no serviço ou unidade de saúde até a internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

A promoção do curso é da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão vinculado ao Ministério da Saúde responsável pela regulação do mercado de planos de saúde.

CLASSIFICAÇÃO DE RISCO – Existem quatro classificações ou grupos de risco (confira aqui) de dengue para os quais os profissionais devem estar atentos. Pacientes que chegam aos serviços de saúde com sinais e sintomas clássicos da dengue, como febre, dores no corpo e na cabeça, além de prostração, mas sem sangramentos, são do grupo A.

Neste caso, o atendimento é realizado em Unidades de Atenção Primária e o profissional de saúde deve prescrever a hidratação oral, repouso e uso de analgésicos e antitérmicos para tratar os sintomas da doença. Após o atendimento, o paciente pode voltar para casa, mas não antes de ser alertado quanto aos riscos da automedicação e orientado a não ingerir medicamentos a base de salicilatos e anti-inflamatórios, entre outros.

No grupo B são incluídos pacientes que procuram atendimento no serviço de saúde com algum sinal de sangramento. Estes necessitam de atendimento em Unidades de Atenção Secundária de Saúde com suporte para manter a pessoa em observação. Nestes casos, a hidratação oral é feita com supervisão e acompanhada de uma avaliação médica.

Caso o paciente chegue ao serviço de saúde com sinais de alarme, como dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes e queda abrupta de plaquetas, ele se encaixa no grupo de risco C, que exige internação em uma Unidade de Atenção Terciária em Saúde.

Finalmente, o grupo D inclui pacientes que chegam já com sinais de choque e devem ser encaminhados imediatamente para um leito de UTI. Alguns dos sinais apresentados neste estágio são a cionose (pontos roxo-azulados no corpo, que indicam falta de oxigênio no sangue) e pressão baixa.

“Deve-se destacar que, em situações de epidemia, independente da classificação de risco do paciente com dengue, todas as unidades, públicas ou privadas, devem estar aptas a acolher, classificar o risco, atender e, se necessário, encaminhar o paciente para o serviço de saúde compatível”, afirma o coordenador do PNCD, Giovanini Coelho.

Daí a importância do profissional de saúde estar orientado sobre quais medidas adotar diante de casos suspeitos da dengue, de forma a proceder adequadamente, de acordo com cada situação que se apresentar.

Serviço:

Curso: Atualização em diagnóstico e manejo clínico do paciente com dengue.
Palestrante: Dra. Lúcia Alves da Rocha – Médica da Prefeitura Municipal de Manaus, Doutora em Medicina Tropical.

Objetivo: Promover a capacitação dos profissionais de saúde em classificação de risco clínico e assistência ao paciente com dengue.

Duração: 1 dia (manhã e tarde).

Público Alvo: Médicos e enfermeiros da saúde suplementar.
 




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