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Saúde
Domingo, 18 de setembro de 2011, 07h55

Remédios para emagrecer potencializam problemas cardiovasculares


Estar acima do peso é um inconveniente. Além de detonar a autoestima de muitas pessoas, pode faz er mal à saúde. Emagrecer de forma saudável é um processo que exige disciplina. No entanto, as fórmulas mágicas, que prometem enxugar as gordurinhas em pouco tempo, têm adeptos aos montes.

Entre dietas restritivas e questionáveis há um recurso altamente sedutor: os remédios que prometem aumentar a saciedade e, consequentemente, reduzir as medidas de quem quer dar fim aos pneuzinhos. As cápsulas, consumidas por milhões de pessoas no mundo inteiro, realmente cumprem o prometido: elas reduzem a fome, o que leva ao emagrecimento. Porém, são um perigo ao coração, segundo pesquisas recentes.

Suspensão das vendas

Tanto na Europa quanto nos Estados Unidos substâncias como sibutramina, dexfenfluramina e fenfluramina já foram proíbidas. O cerco começou a se fechar a partir da publicação de resultados preliminares da pesquisa Scout, que apontou um aumento de 16% no risco de derrame e ataque do coração com o uso da sibutramina (componente básico desse tipo de remédio) em pessoas que já apresentaram problemas cardíacos.
 

O FDA (órgão do governo dos EUA que regula a venda de remédios e alimentos) constatou que quem toma remédios que contém dexfenfluramina e fenfluramina pode vir a ter problemas cardíacos sérios, como infarto e derrame. Países como Canadá e Austrália também suspenderam a venda de cápsulas emagrecedoras.

No Brasil, país que abusa do recurso, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aconselhou aos médicos a prescrever os medicamentos somente quando necessário. "As pesquisas são muito convincentes e nós, médicos, temos que encontrar alternativas de emagrecimento que não coloquem em risco a vida dos pacientes", diz o endocrinologista Geraldo Medeiros Neto.  

Consequências perigosas

Os efeitos colaterais que o uso indevido de fórmulas emagrecedoras podem provocar são grandes. "Só em casos de obesidade, em que a saúde do paciente está comprometida pelo excesso de peso, é que os remédios deveriam ser indicados", diz o endocrinologista.

A ponderação médica deve-se, basicamente, às reações do corpo à medicação. As pílulas que encolhem medidas também podem desencadear taquicardia, hipertensão - dois fatores de risco para problemas cardíacos -, secura na boca, alteração do humor, insônia, depressão, dependencia química e psicológica e irritação. Atalhar o caminho que conduz à perda de peso não é recomendado. "Para emagrecer com saúde, o ideal é manter uma dieta equilibrada e praticar atividades físicas regularmente", sentencia Geraldo.
 




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