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Saúde
Sábado, 22 de outubro de 2011, 12h11

HUJM é referência no tratamento de hepatite em MT


termo hepatite refere-se a qualquer infecção degenerativa do fígado e pode ter diversas causas. As mais incidentes são as hepatites virais, transmitidas pelos vírus A, B e C e as infecções ligadas ao abuso no consumo de álcool e substâncias tóxicas. As formas de contração mais comuns são através de água e alimentos contaminados, no caso do HAV (tipo A) e pelo sangue, nos casos do HBV e HCV (tipo B e C, respectivamente).

O Ministério da Saúde estima que mais de dois milhões de brasileiros possuam algum tipo de hepatite. Ainda segundo o MS, cerca de duas mil pessoas morrem por ano com essa enfermidade. Os números são altos, se considerarmos que o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza tratamento gratuito para as hepatologias e suas complicações.

Em certos casos, a doença pode ficar incubada por vários anos sem detecção. Quando existem, os principais sintomas são febre, pele e olhos amarelados, náuseas, mal-estar, dores no abdômen, falta de apetite, urina escura e fezes esbranquiçadas. Nos pacientes que contraíram os tipos B e C, o quadro pode evoluir para cirrose e câncer.

Há mais de 18 anos o Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM) é referência em Mato Grosso no tratamento de hepatites. Todos os anos, o Ambulatório de Hepatologia recebe pacientes de todo o estado e também do sul do Pará e Rondônia. O professor Francisco José Dutra Souto estima que, hoje, cerca de 50 pessoas passam por acompanhamento semanal no hospital em tratamento de todas as hepatologias e suas complicações.

Souto, consultor do Programa Nacional para Controle das Hepatites Virais do Ministério da Saúde (MS) e bolsista Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), revela também que a maioria dos casos é de hepatites virais crônicas do tipo B e C, cujo tratamento é considerado, pelo MS, de alta complexidade. O paciente passa por avaliação médica antes do tratamento, para verificar a indicação e real necessidade, durante e após o término.

A atenção é devido à forma de manipulação e efeitos colaterais do medicamento utilizado. Os remédios são fornecidos através da farmácia de alto custo do SUS. A hepatite C tem tempo delimitado de 6 a 12 meses, no tratamento. Para o tipo B é indefinido, assemelhando-se muitas vezes ao tratamento do HIV, como explica Francisco Souto, pois não é possível eliminar o vírus.
Já existe vacina para os tipos A e B, porém o melhor método de prevenção é com saneamento básico e higiene. Desde 1993 medidas foram tomadas para que não haja mais a transmissão por meio de transfusão de sangue.

Como são mais relapsos com a vacinação, a maioria dos infectados são adultos. Pensando nisso, projetos são desenvolvidos para a conscientização da importância de se vacinar os adolescentes e jovens brasileiros.

Laura Valdiane Luz Melo, graduada no curso de Medicina pela Universidade Federal de Mato Grosso, desenvolveu um trabalho de pesquisa em sete escolas públicas da cidade de Barra do Garças (MT), para averiguar a incidência de hepatite nos alunos de 12 a 20 anos.

O projeto, desenvolvido em 2009, revelou números considerados preocupantes. Dos 576 participantes, apenas 165 (28,6%) afirmaram terem sido vacinados e 332 (57,6%) nem souberam responder. Ainda segundo a pesquisa, 04 alunos (0,7%) foram considerados portadores do vírus, 29 deles (5%) haviam sido expostos ao vírus HBV e 224 (38,9%) não estavam imunizados.
A pesquisa foi publicada em diversas revistas científicas, com repercussão internacional. Ela está disponível para consulta no portal Domínio Público. 




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