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Saúde
Sábado, 29 de outubro de 2011, 06h27

Sete medidas que beneficiam a amamentação do bebê


A maior realização da mãe é ver o seu filho crescendo e evoluindo. A amamentação é o primeiro passo importante, depois do próprio nascimento, rumo ao desenvolvimento da criança e, por isso, as mães devem dar muito atenção a esse gesto. O leite materno é o alimento mais completo que existe e é muito importante para o desenvolvimento sadio do bebê. "Ele é rico em gordura, proteína, carboidratos, minerais, vitaminas, enzimas e imunoglobulinas que protegem a criança contra várias doenças", explica a nutricionista Daniela Jobst. De acordo com a área técnica da saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde, a estimativa é que o aleitamento exclusivo evitaria 13% das mortes em crianças menores de cinco anos em todo o mundo. E mais: cerca de sete mil mortes de recém-nascidos no primeiro ano de vida poderiam ser evitadas com a amamentação na primeira hora do parto. Confira abaixo, sete medidas essenciais para ajudar a amamentar o bebê da maneira correta.

Desde a gravidez, os hábitos alimentares precisam ser os mais saudáveis possíveis. Na fase de amamentação, cuidar da alimentação da mãe é essencial. De acordo com o nutrólogo Celso Cukier, do Hospital e Maternidade São Luiz, durante a fase da amamentação a mãe aumenta seu gasto calórico em 30%. "É importante suprir essas necessidades da mãe, com um cardápio equilibrado e variado. A mulher deve se alimentar a cada três horas e procurar por alimentos que forneçam boas doses de proteínas, como leite e carnes. E não pode esquecer o carboidrato, para dar muita energia", aconselha o especialista. Procure incluir também alimentos chamados galactogogos, como o chá de erva-doce e caldo de cana, uma vez que aumentam a produção do leite. E modere o consumo de alho, cebola, pimenta e alimentos muito condimentados, pois podem mudar o sabor do leite.

Socorro, meu leite empedrou! O ingurgitamento mamário, ou popularmente leite empedrado, acontece quando a bebida fica presa na mama por causa da sucção inadequada ou do esvaziamento incompleto do peito. Isso acaba deixando os seios rígidos, causando dor e até febre. Mas existe prevenção: deixar o beber mamar bastante ou retirar o leite com as mãos ajudam a esvaziar o peito.

Cuide do seio. É muito comum as mamães desenvolverem fissuras no bico do peito com a amamentação ao longo dos primeiros meses. Isso porque a pele da aréola é muito fina e sensível e os fortes movimentos de sucção do bebê podem causar rachaduras e muita dor. Calma, não precisa sofrer. Existe um modo muito mais fácil do que você imagina para evitar esse tipo de situação. A consultora em aleitamento, Evangelista Kotzias dos Santos, ensina que tomar banhos de sol e passar bucha na região ajuda a engrossar a pele. Para aquelas mães que estão sofrendo com as fissuras, a dica é passar um pouco do próprio leite em cima da ferida, pois ele tem alto poder de cicatrização. "Em casos mais graves, o médico pode recomendar uma pomada cicatrizante. Mas lembre-se de lavar o bico do peito sempre que for amamentar, para o bebê não ingerir o remédio", ensina a consultora.

Durante os meses da gravidez e da amamentação, os seios aumentam muito de volume e seu sutiã pode crescer até três números. A pele estica bastante, portanto podem aparecer estrias e é comum a flacidez do tecido. Mas nada disso é desculpa para não amamentar! "Para prevenir flacidez e estrias, capriche na hidratação desde a gestação, usando cremes específicos e se lembrando sempre de lavar os seios antes de amamentar, para o bebê não ingerir o hidratante. E trate de usar bons sutiãs de sustentação, com alças largas, aros e bojos firmes", ensina consultora em aleitamento, Evangelista Kotzias dos Santos.

Colocar o bebê na posição correta é imprescindível para evitar que ele engasgue ou tenha dificuldade de tomar o leite. Em relação às mães, segurar o bebê de maneira errada pode gerar dores na coluna e estresse. E nem você, muito menos o seu filho, precisa sofrer na hora da amamentação. Procure deixar o bebê posicionado na mesma altura do mamilo, com a cabeça repousada no antebraço da mãe. Se a criança for maior e estiver irrequieta, segure-a por trás dos ombros. O bebê deve ser capaz de alcançar o peito facilmente, sem precisar se esticar, nem girar a cabeça. A mãe deve aproximar o bebê do peito, e não o peito do bebê. Com o bebê bem posicionado, é só esperar que ele abra bem a boca para iniciar a amamentação.

Muitas mães falam, mas é um mito acreditar que o leite materno é fraco por ter uma aparência aguada. "Realmente, o leite materno não tem a mesma consistência do leite de vaca, por exemplo, que é bem mais grosso. Mas essa aparência aguada não quer dizer menos nutrição. Se você mantém uma dieta equilibrada e oferece o peito sempre que o bebê pede, vai produzir leite de qualidade, na quantidade certa, e não precisa complementar a dieta do pequeno com nada", explica a consultora Evangelista Kotzias. Lembrando que a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que os bebês se alimentem apenas com leite materno até os seis meses de vida e, depois, que ele seja usado como complemento da alimentação até os dois anos de idade.

Estudos que comprovam os benefícios da amamentação não são poucos. Um dos mais recentes reforçou a lista. O estudo foi conduzido pelos pesquisadores da Universidade de Southampton, na Inglaterra e mostrou que a amamentação ajuda a reforçar a saúde dos pulmões. Por meio da análise de 1.500 bebês, foi observado que aqueles que haviam sido amamentados por, pelo menos, quatro meses tinham um funcionamento melhor do pulmão, quando comparados com aqueles que tiveram a mamadeira como principal opção.

 




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