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Agro
Terça, 09 de maio de 2017, 08h55

Embrapa ministra curso de propagação de espécies frutíferas amazônicas


Dominar as técnicas de propagação de espécies frutíferas amazônicas impacta diretamente na produção de frutas de qualidade, seja em safras precoces ou produtividade, o que representa ganhos aos agricultores e à economia do estado. A Embrapa desenvolveu diversas tecnologias para impulsionar o setor e realiza curso, em parceria com o Ideflor-Blio, destinado a multiplicadores entre 8 e 12 de maio, em Belém.

O curso prático “Propagação de espécies frutíferas nativas da Amazônia” é uma das ações do projeto MelhorFruta, desenvolvido pela instituição e terá duração de cinco dias abordando soluções tecnológicas para a aceleração da germinação de sementes que apresentem dormência e ainda, aos procedimentos práticos para a propagação por via assexuada, tais como enxertia, alporquia e estaquia.

A escolha das espécies que serão trabalhadas no curso é resultado das demandas que chegam à Embrapa, por meio do Setor de Atendimento ao Cliente (SAC) e ainda de frutas de maior potencial comercial e econômico, como explica o pesquisador Urano de Carvalho, um dos instrutores. Segundo o pesquisador, as campeãs em procura são castanha-do-brasil, bacuri, uxi, pequiá, muruci, taberebá, entre outras que também integram a grade da formação.

Inúmeras são as vantagens das técnicas de propagação aos pomares comerciais, como explicou Urano de Carvalho. “Uma das principais é a redução em até 50% do tempo de produção das frutíferas. O bacuri, por exemplo, quando enxertado, começa a frutificar em cerca de cinco anos, enquanto que na natureza levaria o dobro do tempo”, enfatiza o cientista. Características mais aceitas no mercado como tamanho, quantidade de polpa e sabor, ou seja, frutos maiores e mais doces, também podem ser potencializadas através meio da propagação.

Por meio do curso, a Embrapa pretende levar ao maior número de produtores o conhecimento sobre as técnicas de propagação. Para isso, participam da capacitação técnicos, extencionistas e ainda agricultores que sejam lideranças e assim, atuem como agentes multiplicadores desse conhecimento.

O pesquisador lembra que além do custo elevado, as mudas enxertadas de espécies amazônicas são difíceis de encontrar. “Dominando as técnicas, os agricultores melhoram a qualidade de seus pomares e frutos, agregando valor ao produto, movimentando a economia de suas regiões e do estado”, analisa Urano de Carvalho.

O curso será ministrado pelos pesquisadores Walnice Oliveira do Nascimento e Urano de Carvalho, além dos assistentes Roberto Jerônimo de Souza e Álvaro Malcher Henriques. Contará ainda com a participação de Benito Calzavara, do Ideflor-Bio.

Devido a grande procura, novo curso será ofertado em junho.

Conhecimento mais perto dos agricultores

O técnico da Emater de Benevides, Antonio Carlos Oliveira Lima viu no curso uma oportunidade reciclar os conhecimentos, aprender novas técnicas e assim, atender melhor os agricultores do município. Ele conta que tem aumentado a procura por frutíferas para o fornecimento de merenda escolar regionalizada. “Fornecendo direto para a merenda, ganham as crianças, os agricultores e toda a economia do município”, analisa.

Já agricultora Lucijane de Sousa, da comunidade 5 de Outubro, área rural de Castanhal, pretende melhorar a qualidade de seus pomares para fazer da venda de polpas uma atividade lucrativa. “Plantei cupuaçu, mas sem enxerto nem adubação e a produção foi muito pequena. Agora vou melhorar a produção do meu sitio e ajudar os demais agricultores da associação”, planeja. 




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