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Agro
Quarta, 19 de julho de 2017, 05h53

Avanços marcam projeto sobre avaliação de cultivares de pimenta na África


Troca de saberes e de experiências que fazem valer a pena cada ação que vem sendo empreendida no âmbito da Plataforma África-Brasil de Inovação Agropecuária (Brazil Agricultural Innovation Marketplace). A avaliação é da pesquisadora Cláudia Ribeiro, coordenadora do Programa de Melhoramento Genético de Pimentas e Pimentões (Capsicum) da Embrapa Hortaliças (Brasília-DF), sobre as atividades conjuntas envolvendo avaliações de cultivares de pimentas em países africanos.

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Como mecanismos que atuam no financiamento de projetos voltados para o desenvolvimento e a inovação da agricultura, as plataformas foram idealizadas pela Embrapa e envolvem a concepção de programas de cooperação internacional, a exemplo dos que vêm sendo desenvolvidos em Uganda e Togo – o primeiro produzindo pimentas principalmente para exportação, enquanto o segundo é mais voltado para atender o seu mercado interno. Ambos os países cultivam comercialmente a pimenta, mas não contam com a disponibilidade de sementes no mercado.

O projeto contempla duas etapas de treinamentos – a primeira foi marcada pela presença nesses países dos pesquisadores Marçal Jorge, Carlos Ragassi e Cláudia Ribeiro; na segunda fase foi a vez da visita dos africanos Jeninah Karungi e Peter Ssekkadde (Uganda) e Agossou Affo Bindé (Togo) ao Brasil, como parte das ações descritas no projeto. De acordo com a pesquisadora, essa segunda etapa representou uma oportunidade de discutir alternativas para alguns entraves que limitam a produção de pimentas naqueles países.

“Quando da nossa ida à África, em dezembro de 2016, identificamos alguns gargalos: produção de mudas diretamente em canteiros ou sacos plásticos, como fazer a transição desses métodos para o uso de bandejas (mais apropriadas), e a fabricação própria de substratos, que são muito caros no comércio”, elenca a coordenadora, que também destaca o trabalho de caracterização das populações locais de pimenta, em ações desenvolvidas nos dois países.

“Tanto a caracterização morfológica dos frutos, que permite a identificação de espécies de pimentas cultivadas na região, como a caracterização agronômica, que envolve rendimento e materiais mais adaptados às condições de plantio, vão possibilitar a escolha das melhores variedades locais”, destaca Cláudia, para quem a seleção deve impulsionar a produção e a produtividade, com reflexos na economia.

Com a vinda de técnicos de Togo e de Uganda ao Brasil em junho último, o projeto avançou alguns passos. O treinamento ministrado pelos pesquisadores Carlos Ragassi, Marçal Jorge, Sabrina Carvalho e Mirtes Lima acelerou o ritmo das fases anteriormente previstas, com ampliação de ações nas áreas de melhoramento, de produção de sementes e de manejo da cultura.

“Não adianta colocar uma variedade nossa de pimenta, com boas perspectivas de adaptação, se eles desconhecem a tecnologia para um bom manejo, da mesma maneira que não vai funcionar o acesso a nossos materiais se eles não têm como produzir as sementes”, exemplifica Cláudia.

GANHAMOS MUITO

Para Agossou Affo Bindé, co-líder do projeto em Togo, os ganhos foram bem proveitosos e as lições que foram repassadas durante o treinamento vão contribuir bastante para melhorar as técnicas do sistema de cultivo de pimenta em seu país. Segundo ele, apesar do alto nível de suas tecnologias o Brasil oferece meios de acesso - adaptáveis às características locais - de novos sistemas de produção, a exemplo da tecnologia de plantio em cultivo protegido, em Togo.

Chamou a atenção também de Bindé a maneira de operar do sistema de cooperativas na região do Distrito Federal, segundo ele “uma receita sobre como atuar de maneira mais profissional na cadeia produtiva de pimentas”, e que ele aponta como um dos pontos altos do treinamento.

“Fiquei impressionado pelo alto nível de profissionalização mostrado pelas cooperativas, assim como pela conexão que existe entre a pesquisa e a cadeia produtiva, e que inclui a fase de comercialização, feita pelas próprias cooperativas”, destaca o co-líder, que coordena em Togo a ONG Casaddvr, um centro de pesquisa de desenvolvimento agrícola. 




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