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Agro
Terça, 15 de agosto de 2017, 13h03

Produtores de fumo se reúnem nesta quarta para avaliar situação do setor


Se o Supremo Tribunal Federal (STF) julgar procedente a resolução que proíbe o uso de aditivos na fabricação de cigarros, a fumicultura brasileira terá forte impacto negativo, o que favorecerá ainda mais o mercado ilegal do produto, alerta o presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco, Romeu Schneider. Ele adiantou que levará o assunto à discussão da câmara nesta quarta-feira (16), no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), quando também será feito relato sobre os preparativos do Brasil para sediar o congresso do Coresta Agro-Phyto 2017, de 22 a 26 de outubro, em Santa Cruz do Sul (RS).

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De acordo com Romeu Schneider, também secretário da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), os aditivos são utilizados para diferenciar os aromas e sabores de algumas das diferentes marcas de cigarros. Em 2012, a Anvisa editou resolução proibindo o uso dessas substâncias. O julgamento do caso no Supremo está previsto para esta quinta-feira (17).

O mercado ilegal de cigarros é outro tema que será debatido na reunião, das 9h às 13h. Segundo Romeu Schneider, o comércio irregular do produto causa enormes prejuízos ao governo, que deixa de arrecadar cerca de R$ 4 bilhões por ano em impostos, e à cadeia produtiva, que tem queda de 35% em sua atividade.

Safra 2016/2017

Outro assunto que será analisado é a safra de fumo 2016/2017. A estimativa de produção é de 727 mil toneladas, ante 525 mil t da temporada 2015/2016, que sofreu perdas provocadas por problemas climáticos. Cerca de 88% da safra é exportada.

O cultivo de tabaco se concentra quase que exclusivamente no Sul do país. O Rio Grande do Sul é o maior produtor. Santa Catarina é o segundo polo da cultura e o Paraná, o terceiro.

Hoje, a cadeia do tabaco envolve 153 mil famílias produtoras, perfazendo aproximadamente 600 mil pessoas, informa Romeu Schneider. A indústria de cigarros emprega mais 35 mil trabalhadores.

Coresta

Durante a reunião também será feita uma explanação sobre o congresso do Centro de Cooperação para Estudos Científicos em Tabaco (Coresta), que tratará de temas relacionados à fitopatologia e à agronomia.

Nesses quatro dias serão apresentados experimentos e inovações para produção de sementes, mudas, fertilização, tratos culturais, cura e armazenamento do tabaco, controle de pragas e doenças e redução e substituição de agrotóxicos, além da produção sustentável da cultura.

Até esta segunda-feira (14), 174 especialistas de mais de 15 países já haviam feito inscrição para participar do Coresta, cuja sede é na França. Serão apresentados 79 trabalhos científicos, diz o coordenador da comissão organizadora do evento, Carlos Sehn. “Esse é um dos mais importantes eventos do setor. Santa Cruz receberá especialistas em tabaco de todo mundo.”

As inscrições estão para o congresso estão abertas até 8 de outubro. Mais informações no site www.corestabrazil.com. 




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