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Agro
Sexta, 29 de setembro de 2017, 08h01

Embrapa compartilha conhecimentos em mostra científica estudantil


No estande da Embrapa, estudantes recebem explicações sobre os solos do Acre - Foto: Fabiano Estanislau

A terceira edição do Viver Ciência, mostra de ciência, tecnologia e inovação realizada pela Secretaria de Estado de Educação e Esporte (SEE), em parceria com a Embrapa e outras instituições, reuniu estudantes de 250 escolas públicas e privadas de Rio Branco, no Centro de Convenções da Universidade Federal do Acre (Ufac), no período de 19 a 21 de setembro. Por meio do Programa Embrapa & Escola, a Empresa compartilhou informações sobre os solos acreanos e resultados de estudos com pragas da agricultura.

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O Viver Ciência tem o objetivo de promover a divulgação de experiências científicas, estimular a criatividade por meio de trabalhos interdisciplinares e possibilitar a troca de conhecimentos, com foco no público estudantil. Além de reunir trabalhos de pesquisa desenvolvidos no contexto escolar e por diferentes instituições de pesquisa e ensino, a programação contempla a oferta de minicursos, palestras e oficinas, entre outras atividades, e ainda uma vasta agenda cultural. No estande da Empresa, profissionais de diversas áreas se revezaram no atendimento ao público.

Segundo a analista Cláudia Sena, uma das coordenadoras da participação da Unidade no Viver Ciência, além de resultados de pesquisas, a Unidade priorizou a divulgação de publicações produzidas pela Empresa, para o público infanto-juvenil. “O evento cumpre o importante papel de aproximar a Ciência da sociedade. Para os alunos, é uma oportunidade de sair do ambiente escolar, mostrar suas próprias experiências com a Ciência e conhecer mais sobre o que a pesquisa científica faz e sua importância para o nosso dia a dia. Para a Empresa, representa um momento de fortalecer a imagem institucional, mostrando resultados do seu trabalho”, destaca.

Para o estudante Mauro Célio Campos de Araújo, aluno do terceiro ano do Ensino Médio da Escola Estadual Berta Vieira de Andrade, o que mais chamou a atenção no evento foram as pesquisas envolvendo aplicações práticas da matemática. Ele diz que esse tipo de estudo ajuda a desmistificar algumas disciplinas do currículo escolar porque relaciona esse conhecimento com a vida cotidiana. “No caso da matemática, não percebemos o quanto ela está presente no nosso dia a dia, por exemplo, no orçamento familiar, em operações de compra, na previsão do tempo e até nos jogos eletrônicos que utilizamos”.

Segundo Célia Lira, professora do Centro Estadual de Atendimento ao Deficiente Visual (CEADV), os conhecimentos disponíveis em eventos científicos ajudam a complementar conteúdos escolares, mas é importante oferecer estratégias que facilitem o acesso a informações também para o público estudantil com deficiência visual. “Gostei muito da forma como o conhecimento sobre solos foi apresentado no estande da Embrapa porque, além das explicações verbais, os alunos puderam tocar nos materiais e sentir a textura de diferentes tipos de solos. Esse aspecto é essencial para o aprendizado”, destacou.

Oficina de astronomia

A Unidade também participou da programação de eventos técnicos do Viver Ciência, com a oficina de astronomia “Relógio do Sol”, ministrada pelo analista Francisco Carlos da Rocha Gomes, na quinta-feira, dia 21. Estudantes de Ensino Fundamental, das Escola Estadual Elias Mansour Simão Filho e Escola Municipal Luiza de Lima Cadaxo, conheceram um pouco mais sobre a importância da Astronomia para a humanidade e da medição do tempo na organização da vida na sociedade, além de conceitos de Geografia, incluindo posição local na Terra, pontos cardeais, movimento aparente do sol e estações do ano, entre outros conteúdos relacionadas à temática.

Durante a atividade os participantes construíram um “Relógio de Sol” para aprender, na prática, como medir o tempo pela observação da passagem do sol, focando a configuração e alinhamento do equipamento e a análise da diferença entre a hora solar (hora verdadeira) e a hora determinada por relógios eletrônicos (hora legal). “A Astronomia pode ajudar o aluno a entender que o conhecimento adquirido na escola não é mera teoria, mas permite nos conectar com natureza e com o universo físico à nossa volta, contribuindo para maior domínio e percepção do tempo e do espaço onde vivemos”, afirma Gomes.

Sobre o Viver Ciência

De acordo com a professora Cleide Prudêncio, diretora de inovação da SEE, o Viver Ciência nasceu em 2014, como parte da programação da reunião nacional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SPBC), realizada em Rio Branco. A partir de 2015, ganhou status estadual e se tornou a principal ação de popularização da Ciência do calendário escolar acreano. Este ano, o evento também terá uma edição em Cruzeiro do Sul, o Viver Ciência Juruá, nos dias 24 e 25 de outubro.

Entre os desfechos práticos da Mostra Científica, segundo a professora, está o interesse crescente da comunidade escolar pela pesquisa. Em 2015 foram apresentados 60 trabalhos, na edição 2017 o número subiu para 250. “Esse resultado é fruto do engajamento de alunos e professores em projetos de pesquisa executados no ambiente escolar, nas mais diversas áreas do conhecimento, e traduz um esforço realizado ao longo de todo o ano letivo. Além de compartilhar esse conhecimento gerado de forma coletiva, também é prioridade do evento proporcionar aos alunos a interação com o ambiente da academia e da ciência e inovação, aspecto que pode influenciar positivamente futuras escolhas profissionais”, explica a professora.

 




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