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Agro
Segunda, 23 de outubro de 2017, 16h01

Integração Lavoura, Pecuária e Floresta foi pauta do dia de campo do PRADAM em Sinop


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Participar de um dia de campo do Programa de Recuperação de Áreas Degradadas na Amazônia (PRADAM) é tão importante que os estudantes da Escola Técnica Federal de Mato Grosso – Campus São Vicente -, Isabela Cristina Alves da Silva, Rita de Cassia Ortiz Silva e Jordam Rodrigues de Sousa Almeida viajaram 600 quilômetros de carona. Eles saíram da Escola que fica a 100 quilômetros de Cuiabá e foram até Sinop, 500 quilômetros da Capital, onde foi realizado o Dia de Campo do PRADAM. Com duas estações e vários assuntos, o evento teve como objetivo mostrar as vantagens e resultados de pesquisas realizadas pela Embrapa Agrosilvopastoril.

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De acordo com o assessor técnico do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR-BRASIL), Mauro Faria, o objetivo do PRADAM é disseminar práticas de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) na região amazônica. "O projeto mostra aos produtores que com tecnologias ABC é possível produzir em áreas já abertas e que não há necessidade de avançar sobre as florestas para impulsionar a produtividade nas propriedades", ressalta.

O coordenador da Equipe de Assistência Técnica e Gerencial do SENAR-MT, Armando Urenha acrescenta que no primeiro ano do PRADAM, em 2016, o SENAR mobilizou 1.113 produtores para 11 eventos. Nestes encontros foram abordados assuntos como: sistema plantio direto, recuperação de pastagens degradadas, florestas plantadas e sistemas agroflorestais.

Urenha conta ainda que o SENAR também foi responsável pela capacitação de 40 técnicos de assistência técnica pública e privada. Participaram desta capacitação representantes de Rondônia, Acre, Amazonas, Mato Grosso, Pará e Maranhão. O assunto foi tecnologias produtivas adaptadas ao Bioma Amazônia e em sua metodologia de Assistência Técnica e Gerencial (AteG).

Já, este ano, em Sinop, o assunto do Dia de Campo do PRADAM foi Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (iLPF). Dividido em duas estações e ainda uma visita à sala de ordenha do campo de experimento, o evento reuniu mais de 80 pessoas incluindo técnicos e estudantes.

De acordo com os analistas da Embrapa, Valéria Spyridion Moustacas e Diego Batista Xavier a novidade da sala de ordenha é um software que identifica a capacidade de produção de cada animal. "Ele lê e armazena vários dados como a velocidade do fluxo de leite, a produtividade individual de cada animal e vários outros", explica Valéria. "É uma ferramenta que vai ajudar o produtor no manejo e, isso faz toda a diferença na tomada de decisão", acrescenta Xavier.

Ainda na primeira estação a Pós-doutoranda da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Carolina Delta Giustina falou sobre sua pesquisa que trata de integração de árvores frutíferas e a criação de bezerras. Segundo ela, estão sendo testadas cinco variedades de frutas, sendo duas de caju, uma de acerola, cajá e goiaba. "O objetivo é saber qual a sombra que é a melhor para o desenvolvimento de cada animal". A pesquisadora falou ainda sobre a alimentação, peso, desmama e vários outros assuntos relacionados à sua pesquisa.

Já na segunda estação o assunto foi o uso do componente florestal em sistemas integrados de produção de leite. Hélio Tonini e Diego Antônio foram os palestrantes deste assunto. Além disso, a produção de alimentos em sistemas integrados (ILPF) também foi abordado pelos pesquisadores da Embrapa, Cledir Schuck e Roberta Carnevalli que junto com a Aline Barros falou sobre o manejo de pastagens e animais em sistemas integrados (ILPF).

Para os técnicos agrícolas, José da Silva Castro e Roberto de Arruda Freire o evento foi bastante produtivo. "Já tínhamos ouvido falar sobre a integração lavoura, pecuária e floresta, mas neste evento tivemos a oportunidade de ver como funciona cada parte do sistema e ainda tirar todas as dúvidas", enfatiza Castro. "Já para mim foi importante ver o quanto é vantajoso ter um pasto com sombra. A partir de agora vamos acompanhar de perto estas pesquisas", acrescentou Freire.

Já para o trio formado por Isabela Cristina Alves da Silva, Rita de Cassia Ortiz Silva e Jordam Rodrigues de Sousa Almeida que viajou 600 quilômetros de carona para participar do Dia de Campo do Pradam, o evento foi trouxe conhecimento e aprendizado. Eles anotam tudo o que foi dito e fizeram diversas perguntas. "Além de conhecimento, é uma experiência fantástica", resume Jordam, que mora no município de Formosa (GO) e estuda em Mato Grosso.

O PRADAM é uma parceria do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR-BRASIL/SENAR-MT) com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Embrapa.

 




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